EUA lamentam saída da Coréia do acordo nuclear

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Publicado Quarta, 14 de Maio de 2003 às 07:29, por: CdB

Os Estados Unidos lamentaram terça-feira a decisão da Coréia do Norte de declarar nulo um acordo firmado em 1992 com a Coréia do Sul que garantia que a península coreana permaneceria uma zona livre de armas nucleares. Segundo um porta-voz do departamento de Estado norte- americano, Philip Reeker, trata-se de "uma medida lamentável, dirigida na direção errada". - Pedimos à Coréia do Norte que abandone de forma visível e irreversível o seu programa de armas nucleares - acrescentou. Terça-feira, na véspera de um encontro, nos Estados Unidos, entre os presidentes norte-americano, George W. Bush, e sul-coreano, Roh Moo-Hyun, um comunicado emitido pela agência oficial norte-coreana KCNA dava conta da denúncia do acordo, justificando- a com a necessidade de, face à política dos Estados Unidos, a Coréia do Norte ter de se dotar com uma "força de dissuasão", capaz de "destruir os agressores num único golpe". Pyongyang defendeu que "a declaração conjunta inter- coreana foi reduzida a um documento sem efeito" em função da política da "administração Bush", que "ignorou de forma sistemática e completa" o processo posto em prática por Seul e Pyongyang com vista a o desarmamento nuclear na península. Na prática, este acordo inter-coreano constituía o último obstáculo internacional legal aos projetos nucleares da Coréia do Norte, depois de Pyongyang se ter retirado no tratado de não-proliferação nuclear, em janeiro passado, e abandonado também um acordo estabelecido em 1994 com os Estados Unidos. - O programa nuclear de Pyongyang representa uma grave ameaça à paz e à estabilidade do nordeste da Ásia e da península coreana - afirmou terça-feira em Nova York o presidente sul-coreano, que justificou a sua viagem aos Estados Unidos com o objetivo de reforçar os laços entre Seul e Washington, aliados há cerca de 50 anos.

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