Os Estados Unidos asseguraram as empreiteiras do resto do mundo de que elas terão direito a fazer propostas para a reconstrução do Iraque depois que a guerra terminar.
Houve inquietação na Grã-Bretanha e em outros países depois que apenas empresas americanas foram autorizadas a fazer propostas para o primeiro lote de contratos, no valor quase US$ 1 bilhão.
No entanto, ainda há grande divisões sobre como realizar a reconstrução do Iraque, o que deve levar o assunto à pauta dos encontros do primeiro-ministro britânico, Tony Blair, em Washington, nesta semana.
Grandes diferenças já vieram à tona sobre o que deve acontecer depois da guerra no Iraque, e muitos temem que os americanos estejam tentando manter o trabalho de reconstrução “em casa”.
‘Participação estrangeira’
No entanto, o chefe do programa de ajuda humanitária dos Estados Unidos, Andrew Natsios, insistiu que Washington iria autorizar a participação de empresas estrangeiras no Iraque.
Ele afirmou ter participado de negociações sobre o assunto com o ministério do Exterior da Grã-Bretanha e lhes garantiu que os governo americano aprovou legislação autorizando a participação de empresas estrangeiras nos trabalhos no Iraque.
Ainda assim, a tensão sobre a forma que a reconstrução do Iraque vai tomar permanece: há disputas internas e entre os Estados Unidos e a ONU (Organização das Nações Unidas) sobre qual será o papel de cada um no futuro do país.
Acredita-se que o Pentágono queira transferir o controle do país rapidamente para um grupo de iraquianos escolhidos a dedo.
O departamento de Estado americano, a ONU e a Grã-Bretanha querem que a administração interina do país seja nomeada em uma conferência das Nações Unidas.
A França e a Rússia ameaçam bloquear o processo inteiro.
Dessa forma, mais uma vez, o primeiro-ministro britânico deve tentar usar a sua influência para iniciar um debate interno na administração do seu aliado George W. Bush.