EUA alertam para novos atentados na África

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Publicado Sábado, 30 de Novembro de 2002 às 22:12, por: CdB

Os Estados Unidos alertaram que novos atentados - semelhantes aos realizados no Quênia, na quinta-feira - podem estar sendo planejados no leste da África. O Departamento de Estado americano disse que Djibuti é um dos países africanos onde a "ameaça terrorista aumentou". Mais cedo, funcionários do governo americano disseram acreditar que um grupo extremista com base na Somália - Al-Ittihad al-Islamiya (AIAI), também conhecido como União Islâmica - pode ser o responsável pelos atentados contra alvos israelenses na cidade de Mombasa, que deixaram 16 mortos. As autoridades do Quênia continuam interrogando as dez pessoas detidas em conexão com os atentados, depois que uma americana e um espanhol foram liberados, neste sábado. Al-Qaeda Até agora não foi estabelecida nenhuma relação entre a rede Al-Qaeda, de Osama Bin Laden e as pessoas detidas. A Al-Qaeda também é suspeita pelos atentados contra o hotel perto de Mombasa - popular entre turistas israelenses - e o avião de uma companhia aérea israelense, também na cidade. O Departamento de Estado americano disse que ainda não tinha confirmado a informação sobre futuros atentados, mas pediu aos cidadãos americanos que pensem duas vezes antes de viajar, ou permanecer, no leste da África. Num outro comunicado, o Departamento de Estado repetiu um alerta aos americanos para não viajarem para o Iêmen, separado de Djibuti pelo Mar Vermelho. "O departamento recebeu informações consistentes de que terroristas associados à rede Al-Qaeda estão planejando ataques contra interesses americanos no Iêmen. e prevê que as ameaças contra americanos no Iêmen permanecem", disse o comunicado. No sábado, os funcionários do Paradise Hotel voltaram ao local - que foi parcialmente destruído pela explosão do carro bomba - para uma cerimônia religiosa em memória das vítimas dos atentados. Enquanto a polícia busca pistas, um ministro do governo do Quênia, Katana Ngala, pediu aos muçulmanos do país que dêem informações sobre o atentado, caso as tenham. "Não se trata de uma caça às bruxas. Nós queremos pegar os responsáveis e puni-los", disse ele durante a cerimônia religiosa. As autoridades do Quênia afirmam ter detido seis paquistaneses e quatro somalis em conexão com os atentados.

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