Estudo sueco afirma que tabaco diminui riscos do Mal de Parkinson

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Publicado Sábado, 22 de Janeiro de 2005 às 16:11, por: CdB

Um estudo sueco afirma que o tabaco teria pelo menos uma virtude: a de diminuir os riscos para os fumantes de serem afetados pelo Mal de Parkinson, afirma este sábado a agência sueca <i>TT</i>.

Um grupo de cientistas e pesquisadores do Instituto Karolinska, a grande faculdade de medicina de Estocolmo, se dedicou sem preconceitos a estudar os efeitos da nicotina sobre o sistema nervoso.

Com o objetivo de que o estudo fosse mais rigoroso, os pesquisadores, encabeçados por Nancy Pedersen e Karin Wirdefeldt, centraram a pesquisa em pessoas com genes similares e uma educação comparável, por isso estudaram milhares de gêmeos sendo que um fumava e o outro não.

Uma mostra de 52.000 gêmeos e gêmeas nascidos entre 1886 e 1958 foi estudada, comparando-se as estatísticas sobre a causa de suas mortes e seus históricos clínicos.

O estudo mostrou, sem sombra de dúvida, que os consumiam tabaco se viam menos afetados do que os outros pelo Mal de Parkinson, independentemente do nível de educação e do consumo de álcool e café.

Os pesquisadores, que publicam seu estudo na revista médica Annals of Neurology, não sabem explicar os efeitos, aparentemente protetores, da nicotina.

Depois do estudo, os pesquisadores apresentaram a hipótese de uma possível ação da nicotina sobre certas células ou enzimas de substâncias protéicas que aceleram uma reação bioquímica.

O Mal de Parkinson é uma degeneração dos neurônios, que continua sendo um enigma médico e para o qual não um remédio.

A doença ataca os neurônios dopaminérgicos, que produzem dopamina, uma das substâncias que permitem as transmissões do sistema nervoso. A falta de dopamina provoca problemas nos movimentos, especialmente provocando tremores.

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