Espanha quer liderar brigada latino-americana no Iraque

A Espanha confirmou sua participação militar na fase de "reconstrução" do Iraque, porém ainda não está fixado o número de soldados que enviará, e espera ter sob seu comando uma brigada internacional com efetivos latino americanos, segundo uma versão que publica hoje o jornal espanhol El Mundo. Falta estabelecer o número de pessoal a ser enviado, "até um máximo de 1.500, que seriam fundamentalmente militares", disse o vice-presidente, Mariano Rajoy. Por sua vez, o ministro da Defesa, Federico Trillo, adiantou que "350 infantes do exercito, mais 85 como elemento de comunicações, com probabilidade farão parte de uma nova divisão no sul (iraquiano), liderada pelos britânicos". No Iraque permanecem 620 soldados espanhóis, após o retorno da fragata e o navio de apoio logístico que acompanhava o navio "Galicia", atracado atualmente no porto de Um Qasar, em uma missão humanitária que esteve composta por até mil efetivos. A Espanha quer enviar 1.500 soldados, contando com os 620 presentes, mas espera uma brigada internacional composta por 2.500 efetivos, para isto está pedindo a país latino americanos a contribuição de mil soldados, segundo o "El Mundo". Honduras e a Nicarágua mostraram sua disposição, sempre que a Espanha arque com os gastos, porém os países com força mais importantes como o Chile ou a Argentina, disseram que preferem esperar que exista uma resolução da ONU. Madri acredita que não há tempo para esperar uma resolução da ONU, o que a convergiria na "potência ocupante", assinala um informe jurídico em seu poder. A Espanha espera com esta brigada ibero-latino americana potencializar sua influência militar no continente americano. A Espanha participará em Londres na próxima quinta-feira de uma reunião de uma dezena de membros da coalizão, confirmou o Rajoy, onde os EUA, o Reino Unido, a Polônia, a Ucrânia, a Dinamarca e a Holanda, entre outros países, debaterão sobre os efetivos e as zonas no Iraque.