ES: Índice de desrespeito aos limites de velocidade atinge média de 0,1%

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Publicado Terça, 06 de Outubro de 2009 às 07:40, por: CdB

Um estudo feito pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Espírito Santo (DER-ES) mostou que dos 230.560.050 veículos que trafegaram nas rodovias estaduais monitoradas por equipamentos eletrônicos de janeiro de 2008 a junho de 2009, apenas 0,1% não obedeceram ao limite de velocidade.

O DER-ES realizou um detalhado levantamento a respeito do comportamento dos condutores de veículos que trafegam nas rodovias estaduais monitoradas por equipamentos eletrônicos de velocidade. Os dados são levantados semestralmente.

De acordo com o estudo, do total de veículos que circulou entre janeiro de 2008 e junho de 2009 nessas rodovias, 99,9% dos condutores respeitaram os limites de velocidade. Do índice de 0,1% de desrespeito, 62% envolveram motoristas que trafegaram com velocidade até 20% acima do limite permitido na via; 28% são condutores que trafegaram entre 20% e 50% além do limite regulamentado para a via; e 3% quem dirigiu com velocidade 50% acima do limite indicado nas placas de sinalização. O percentual de quem avançou o semáforo em luz vermelha foi de 6% e dos veículos que pararam sobre a faixa de pedestres, de 1%.

Ainda segundo o estudo por tipo de equipamento, dos 126.721.074 veículos que trafegaram em vias onde funcionam controladores de velocidade do modelo lombadas eletrônicas, 0,04% dos condutores foram autuados por excesso de velocidade.

Nos pontos controlados por equipamentos do tipo bandeiras, 0,14% dos 30.559.873 condutores que passaram pelos pontos monitorados infringiram os limites de velocidade.
Já os Detects registraram um índice de 0,2% de infrações em relação aos 73.279.103 veículos que trafegaram nas vias monitoradas entre junho de 2008 e junho de 2009. Os Detects são  equipamentos instalados nos cruzamentos semaforizados, que registram quatro diferentes tipos de infração, sendo elas excesso de velocidade, mesmo quando a luz do semáforo está verde; parada sobre a faixa de travessia de pedestres; avanço de sinal vermelho; e direção na contramão.

Domingo foi o dia da semana com maior índice de desrespeito aos limites de velocidade, somando 18% das infrações. O estudo revelou também que, no período entre 0 hora e 02 horas houve o maior índice de excesso de velocidade. Já o período entre 17 e 19 horas registrou o menor índice de desrespeito à sinalização.

Junho de 2008 foi o mês que concentrou o maior número de autuações pelos equipamentos eletrônicos, e dezembro do mesmo ano, o maior índice de respeito aos limites de velocidade permitidos nas vias.

O diretor geral do Departamento de Estradas de Rodagem do Estradas de Rodagem do Estado do Espírito Santo (DER-ES), Eduardo Mannato, declara que o índice de infrações registradas nos equipamentos eletrônicos está abaixo da media nacional, que e de 2,97%. Entretanto, ainda é um índice alto ao considerar o risco potencial que as infrações de trânsito compreendem.

– A inobservância das normas de trânsito, em especial o excesso de velocidade, falar ao celular enquanto está dirigindo, o avanço de semáforo e a combinação álcool/direção acarretam, além de acidentes, um custo emocional e social imensurável devido às mortes no trânsito. Temos hoje uma crescente legião de mutilados, especialmente jovens, no ápice de sua capacidade produtiva. Temos pais chorando a perda de filhos tão jovens. Temos filhos órfãos e desamparados por causa da violência no trânsito. Temos trabalhado no sentido de disciplinar o uso de nossas rodovias e de conscientizar a população. Afinal, a via e um espaço público de uso coletivo, de uso comum – afirma Mannato.

Segundo o diretor do DER, há uma questão comportamental que precisa ser mudada. “O pai que consome bebida alcoólica e logo em seguida dirige está repassando um mau exemplo para seu filho, que tem grandes chances de adotar a mesma conduta ao começar a dirigir. O mesmo podemos dizer do pai, mãe, tio, tia, avós que dirigem em alta velocidade, não respeitam o semáforo e as placas de sinalização”.

Mannato ressalta que as placas indicam qual conduta os motoristas e os pedestres devem seguir. Por isso, é importante ressaltar que o Estado não multa. Quem se multa é o motorista, que não respeita as normas e não obedece a sinalização de trânsito.

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