Epidemia de pneumonia parece estar sob controle

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Publicado Sexta, 11 de Abril de 2003 às 16:44, por: CdB

A epidemia global de pneumonia atípica parece estar sob controle em muitos países, mas pouco se sabe sobre a China, nação onde a doença teve origem. Mesmo assim, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já assinala com uma redução no número de casos, apesar de considerar prematuro um anúncio de erradicação da Síndrome Respiratória Aguda Severa (Sras). "Não sabemos se a doença vai se transformar em endêmica, como a tuberculose ou a malária", disse o diretor do Programa de Doenças Contagiosas da OMS, David Heymann. Há um mês, a entidade lançou um alerta internacional sobre a nova doença na Ásia que, em pouco tempo, chegou a vários países, matou 116 pessoas e contaminou mais de 2.800 indivíduos. A doença gerou até agora prejuízos econômicos de US$ 30 bilhões e, por enquanto, não existe qualquer tipo de vacina contra o vírus. Por enquanto, a OMS garante que os focos de contágio se concentram nas cidades de Hong Kong, Hanói, Cingapura e Toronto, além da Província de Cantão. Em Hong Kong, as autoridades pedem que as pessoas sequer dêem as mãos ao se encontrarem e deixem de ir aos cinemas. Já são 1.059 casos na ex-colônia britânica, com 32 mortes. A China continental continua com o maior número de registros: 1.314, com 58 mortes. Em Cingapura, são 140 vítimas contaminadas e 9 mortes. A OMS já identificou 98 pessoas com o vírus no Canadá, das quais 11 morreram, principalmente na região de Toronto. Em Hanói, no Vietnã, são 65 casos e 4 mortes, até agora. Diante da falta de conhecimento sobre a forma de transmissão, várias cidades asiáticas estão adotando medidas drásticas para evitar a proliferação do vírus. Para evitar as constantes críticas de que a China esconde informações sobre a doença, o governo de Pequim autorizou que uma equipe de especialistas das OMS investigue os hospitais da capital. Há evidências de que nove pessoas morreram na cidade, números que ainda estão fora das estatísticas oficiais. Apesar do alerta e reconhecimento de que as pesquisas ainda não dão evidências de que a doença poderia ser tratada, a OMS afirma que 96% das pessoas contaminadas pela pneumonia conseguem sobreviver. Dez por cento de todos os infectados foram tratados nas unidades de terapia intensiva dos hospitais e, dos 4% que não sobreviveram, a maioria já tinha outros problemas de saúde, como diabete ou asma. Segundo a OMS, as crianças poderiam ser mais resistentes ao vírus que os adultos, já que o número de casos aponta uma predominância da doença entre as pessoas com mais de 40 anos.

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