Eleições na Argentina marcadas por protestos

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Publicado Domingo, 27 de Abril de 2003 às 12:27, por: CdB

Faltando poucas horas para o fechamento das urnas da votação para presidente da Argentina, quase todos os candidatos já compareceram às seções eleitorais. O ex-presidente Carlos Menem foi o primeiro a votar, na província de La Rioja, onde nasceu. Já o candidato Nestor Kirchner preferiu votar de tarde, na província de Santa Cruz, de onde é governador. O economista liberal Ricardo Lopez Murphy, um dos que disputam vaga no segundo turno, foi perseguido por um escrache (protesto político) e precisou da intervenção da polícia para que pudesse chegar à sua seção. Cerca de 25,5 milhões de pessoas estão aptas a votar na Argentina, que desde o ano passado tem metade da população vivendo abaixo da linha de pobreza e possui um desempregado em cada cinco trabalhadores. As urnas se fecham às 18h (horário local e de Brasília) e várias organizações marcaram protestos e piquetes no centro de Buenos Aires a partir deste horário. O governo argentino afirmou que os primeiros resultados oficiais serão divulgados a partir das 19h30 (horário local). Espera-se que o resultado final seja anunciado antes das 0h (horário local). Dezenove candidatos disputam o posto ocupado por Eduardo Duhalde, que assumiu o poder interinamente no ano passado, depois que protestos de rua causaram a queda de quatro chefes de Estado em duas semanas. As últimas pesquisas de opinião divulgadas antes do início da votação apontam uma disputa acirrada entre Menem, Lopez Murphy e Kirchner. Se nenhum candidato conseguir 45% dos votos neste domingo - ou pelo menos 40% com uma vantagem de dez pontos percentuais sobre o segundo colocado - haverá um segundo turno com os dois primeiros, no dia 18 de maio. Carlos Menem leva uma pequena vantagem sobre os demais candidatos, mas também é nome o mais rejeitado de todos. Murphy e Kirchner cresceram nas últimas semanas. Também estão na disputa o ex-presidente interino Adolfo Rodriguez Saá e a deputada de centro-esquerda Elisa Carrio. Ao depositar seu voto na província de San Luís, Rodriguez Saá rompeu as regras eleitorais e disse que será o vencedor. Segundo analistas, os cinco candidatos devem obter entre 12% e 20% dos votos. O novo presidente terá um mandato de quatro anos.

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