Educação, alimentos e transportes pressionam IPCA-15

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Publicado Terça, 23 de Fevereiro de 2010 às 06:44, por: CdB

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) acelerou em linha com o esperado em fevereiro, pressionada por maiores custos de educação, alimentos, combustíveis e ônibus.

O indicador subiu 0,94% neste mês, após elevação de 0,52% em janeiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira.

Analistas previam uma taxa de 0,93%, de acordo com a mediana e a média de 18 projeções, que variaram de 0,85 a 0,96%.

A média dos três núcleos do índice – por exclusão, por médias aparadas com suavização e por médias aparadas sem suavização – subiu 0,61% em fevereiro, ante 0,47% em janeiro, no cálculo de economistas.

O IBGE acrescentou que os custos de Educação aumentaram 4,55 %, sendo a maior contribuição para o índice do mês, de 0,32 ponto percentual ou 34%.

– Esse resultado reflete os reajustes verificados no início do ano letivo, com destaque para os aumentos nas mensalidades dos cursos de ensino formal, que subiram 5,38% e constituíram-se no item de maior contribuição individual no índice do mês, de 0,26 ponto percentual –, disse o IBGE em nota.

Os preços do grupo Alimentação avançaram 0,98 % em fevereiro, após subirem 0,81 % em janeiro. O clima quente e chuvoso desta época do ano costuma prejudicar os produtos in natura e o açúcar está em período de alta.

– Vários produtos passaram a custar mais, com destaque para os açúcares cristal (12,13%), e refinado (9,94%), além das hortaliças (9,52 %), arroz (5,22%) e frutas (2,85 %) –, acrescentou o IBGE.

Outra pressão veio das tarifas de ônibus, com elevação de 3,84%, em razão de reajustes em algumas capitais, como São Paulo. Entre os combustíveis, pressionado pela cana-de-açúcar, o álcool teve aumento de 8,86% e a gasolina, de 1,34%.

No bimestre, o IPCA-15 acumula alta de 1,46% e nos últimos 12 meses, de 4,63%.

O IPCA-15 é considerado uma prévia do IPCA, o índice que serve de referência para a meta de inflação do país.

A metodologia de cálculo é a mesma, apurando a variação de preços para famílias com renda de até 40 salários mínimos em 11 regiões metropolitanas do país. A diferença está no período de coleta, já que o IPCA mede o mês calendário.

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