A economia francesa conseguiu crescer ligeiramente – 0,3% – nos primeiros três meses do ano.
Isso significa que a segunda maior economia da zona do euro escapou da recessão, depois de ter encolhido nos últimos três meses de 2002.
Tecnicamente, considera-se em recessão um país que tenha enfrentado dois trimestres sucessivos de declínio econômico.
– A taxa de crescimento francesa é uma boa notícia e pode ser um sinal de que a economia pode se recuperar até o fim do ano – disse Jean-Louis Mourier, economista da corretora Aurel Leven.
Falta de visibilidade
A previsão é de que a economia francesa tenha um crescimento de 1,2% em 2003.
Apesar dos sinais de crescimento, empresários franceses continuam cautelosos sobre o futuro da economia.
– O atual contexto é caracterizado por uma falta de visibilidade sem precedentes e pelo impacto negativo de um euro forte – disse Henri Lachman, presidente da Schneider Electric, fabricante de equipamentos elétricos, na semana passada.
Outras economias importantes da zona do euro estão lutando contra indicadores ruins. As economias da Alemanha e da Itália se contraíram nos primeiros três meses do ano.
Para muitos analistas, é improvável que a França escape da tendência mais geral.
– Não há como a França escapar do que está acontecendo em outros países, como a Alemanha e a Itália – disse David Naude, economista do Deutsche Bank.
Por enquanto, porém, os números dão razão aos mais otimistas.
O Instituto Nacional de Estatísticas do país, INSEE, informou nesta terça-feira que o consumidor francês gastou 0,6% a mais no primeiro trimestre do ano, uma pequena melhora em relação aos 0,4% alcançados nos três trimestres anteriores.