Ebola: sobreviventes podem portar vírus no sêmen pelo menos nove meses

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Publicado Quinta, 15 de Outubro de 2015 às 09:22, por: CdB
Por Redação, com Reuters - de Londres/Xangai: O vírus do ebola pode ser encontrado no sêmen de sobreviventes da doença por ao menos nove meses após a manifestação da infecção inicial, muito mais tempo do que se pensava previamente, disseram cientistas.
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Centro de tratamento de Ebola em Paynesville, na Libéria, em julho
Em resultados preliminares que levantaram dúvidas sobre como e quando a epidemia da doença na África Ocidental pode ser declarada encerrada, os pesquisadores disseram que não tinham conhecimento anterior se os vestígios do vírus que foram descobertos possuíam vida ou eram potencialmente infecciosos. – Esses resultados surgem em um momento criticamente importante, lembrando a nós que enquanto o número de casos continuou a cair, os sobreviventes de ebola e suas famílias continuam a lutar contra os efeitos da doença – disse o especialista em ebola da Organização Mundial da Saúde, Bruce Aylward. Ele afirmou que os sobreviventes, dos quais 17 mil estão na África Ocidental, precisam de "apoio contínuo e substancial pelos próximos seis a 12 meses para que se atenda a esses desafios e se garanta que seus parceiros não sejam expostos a vírus em potencial". O ebola contaminou 28 mil pessoas e matou mais de 11,3 mil pessoas em uma epidemia que se espalhou sobretudo por Guiné, Serra Leoa e Libéria, e que foi controlada apenas recentemente. Vacina contra ebola Uma companhia chinesa planeja produzir em grande escala uma vacina desenvolvida por militares contra o ebola, mesmo que a epidemia que matou mais de 11 mil pessoas na África Ocidental esteja começando a enfraquecer. A empresa privada Tianjin CanSino Biotechnology está investindo 2 bilhões de iuanes (US$ 315,14 milhões) para construção de uma instalação na cidade de Tianjin onde a vacina será produzida, disse um diretor da companhia à agência inglesa de notícias Reuters na quarta-feira. A agência de notícias oficial Xinhua relatou anteriormente a notícia. A instalação será concluída em torno de 2017 ou 2018, mas não há data estabelecida para o início da produção, acrescentou o diretor. A vacina foi desenvolvida por uma equipe na Academia Chinesa de Ciências Médicas Militares. A China aprovou a vacina experimental para triagens clínicas em dezembro do ano passado, quando disse ter se colocado entre os líderes globais no desenvolvimento de vacinas para curar a doença. Novos casos do ebola diminuíram acentuadamente neste ano. Anteriormente neste mês os três países da África Ocidental no centro da epidemia relataram a primeira semana sem novos casos desde a declaração do surto em março de 2014.    
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