O primeiro-ministro português, Durão Barroso, admitiu esta terça-feira o envio de forças portuguesas para o Iraque, numa missão de estabilização do país. Não chegando a adiantar os moldes em que será feita essa participação, o chefe do Governo luso adiantou que a decisão do Executivo será revelada oportunamente depois de ter sido já discutida com o Presidente da República, Jorge Sampaio. O Governo está a estudar o assunto e anunciará ao país a decisão que tomou, garantiu José Manuel Barroso, sublinhando que o importante é responder às necessidades do povo iraquiano em vez de estarmos com uma discussão teológica ou formal. O primeiro-ministro português, que falava numa conferência de imprensa com o Presidente alemão, Johannes Raus, que hoje cumpriu segundo dia da sua visita de Estado a Portugal, afirmou que Portugal tem o dever de ser conseqüente, com o apoio político que prestou à intervenção anglo-norte-americana no Iraque. - Estamos a ponderar em que termos vamos fazê-lo, já discuti o assunto com o Presidente da República, e oportunamente anunciarei ao país a decisão que o Governo tomou nessa matéria, informou o ministro. Jorge Sampaio condicionou a participação portuguesa no esforço de estabilização do Iraque no pós-guerra à existência de um mandato de uma organização internacional a que Portugal pertença. Segundo o governante, o plano para a participação será anunciado ainda esta semana na Assembleia da República (AR) por Durão Barroso.
Rio de Janeiro, Sexta, 19 de Abril de 2024
Durão Barroso admite envio de forças portuguesas para o Iraque
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Publicado Terça, 06 de Maio de 2003 às 22:44, por: CdB
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