Dotcom vai ressuscitar Megaupload com Mega

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Publicado Quinta, 01 de Novembro de 2012 às 10:18, por: CdB
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Kim Dotcom, o criador da página de downloads Megaupload, que foi interditada há quase um ano pelas autoridades do FBI, se apresentou oficialmente dizendo sua intenção de prestar o mesmo serviço mas se escapando daqueles que o acusam de violar direitos autorais. Mega é o nome da página que ressuscitará o espírito de Megaupload e será lançada no dia 20 de janeiro de 2013, justo ao cumprir um ano da intervenção de sua antecessora. O segredo de sua ofensiva, detalhou Kim Dotcom, é que desta vez o site contará com um sistema de encriptação para que apenas usuários saibam o que estão subindo à página. Com esta modificação, o conteúdo dos arquivos que conteria Mega seria desconhecido para seus administradores, por tanto – de acordo com o magnata da internet – os estadunidenses não poderiam acusá-lo de infringir os direitos autorais. Mega e Megabox O anúncio de Dotcom surge quando ainda sobre sua cabeça pende a possibilidade de que seja extraditado aos EUA para ser julgado por ter supostamente violado direitos autorias, decisão que será tomada pelo tribunal da Nova Zelândia em março. O sistema de encriptação não é a única medida com a que o desenvolvedor quer ludibriar as autoridades. Segundo especificou, diferente do Megaupload, Mega não será hospedada em nenhum servidor nem domínio estadunidense, para evitar possíveis intervenções como a que levou a cabo o FBI. Enquanto à encriptação de conteúdo, Dotcom sugeriu que os donos dos arquivos possam ter acesso direto aos conteúdos que subam os usuários da página, “sempre que estejam de acordo em não nos responsabilizar pelas ações dos usuários”. No início de outubro Dotcom anunciou o lançamento de outro serviço similar chamado Megabox, que irá oferecer downloads de música. Dotcom, cujo nome real é Kim Schmitz, mora atualmente em uma mansão na Nova Zelândia que foi apreendida pelas autoridades locais no início do ano. Posteriormente, um tribunal desse país determinou que a apreensão havia sido ilegal e que as agências de inteligência haviam espiado Dotcom de forma ilegítima, incidente que obrigou ao primeiro-ministro John Key a pedir desculpas publicamente. - Falhamos em lhe proporcionar a proteção indevida – disse naquela ocasião. “É responsabilidade da secretaria de segurança de comunicações do governo atuar dentro do marco legal, e é muito decepcionante que neste caso as ações tenham saído da lei”. Se estima que, no caso de ser extraditado aos EUA, Kim Dotcom possa cumprir até 20 anos de prisão.
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