Dilma acompanha reunião do setor de energia sobre situação das hidrelétricas

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Publicado Quarta, 09 de Janeiro de 2013 às 04:41, por: CdB
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No Nordeste, as hidrelétricas estão operando em situação crítica
A seca nos reservatórios das principais usinas hidrelétricas do país é motivo de alerta para a presidenta Dilma Rousseff, que encerrou suas férias mais cedo para acompanhar, nesta quarta-feira, a reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico - que avalia o suprimento de energia no país.  O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou aos participantes de uma reunião, nesta tarde, que os reservatórios do Nordeste operam com 31,61% da capacidade, e os do Norte, com 41,24%. Para suprir a demanda de consumo, todas as termelétricas estão em funcionamento. Acompanhados de perto pela presidenta, os ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, integrantes do ONS, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), da Agência Nacional do Petróleo (ANP), da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), da Câmara de Compensação de Energia Elétrica (CCEE), da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Centro de Pesquisa de Energia Elétrica (Cepel) contaram com o apoio dos dirigentes da Eletrobrás e das associações do setor elétrico. Dados da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine) informam que os reservatórios das hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste estão no mais baixo nível para o mês de janeiro desde 2001, ano do último racionamento de energia elétrica no país. A capacidade armazenada atual nos lagos das usinas é 28,9%. Situação crítica Na véspera, assim que chegou de seu local de veraneio, na Bahia, Dilma convocou o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, para que a atualizasse sobre a situação do sistema elétrico brasileiro. Após a conversa, Zimmermann afastou a ameaça de racionamento e disse que o sistema opera de acordo com o equilíbrio estrutural para o qual foi planejado. As usinas hidrelétricas gastaram R$ 2,2 bilhões no ano passado com arrecadações de royalties e de compensação financeira pela utilização de recursos hídricos (Cfurh) para geração de energia elétrica a municípios, estados e à União, segundo a Aneel. O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, disse que o Brasil tem condições estruturais que dão segurança e tranquilidade ao setor elétrico e permitem descartar a possibilidade de um racionamento de energia. Segundo ele, a situação atual é diferente da que ocorreu em 2001 no país, quando houve blecaute. Tolmasquim disse ainda que em 2001 não havia uma quantidade de usinas térmicas de reserva suficiente para funcionar como uma espécie de seguro ou “colchão” do sistema elétrico. Em relação às tarifas de energia, ele observou que a queda de 20%, que entrará em vigor em fevereiro, poderá ser afetada por fatores conjunturais, levando a redução a ser maior ou menor. Para ele, as avaliações feitas pelo governo sobre o cenário atual e as séries históricas dão tranquilidade ao setor.
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