Festas e manifestações de protesto contra o desemprego e a guerra no Iraque marcaram, nesta quinta-feira, o Dia do Trabalho em vários países do mundo.
Na Alemanha, parte de um público que assistia a um show de rock organizado em Berlim como parte das comemorações da data entraram em choque com a Polícia, na madrugada desta quinta-feira, informaram autoridades.
A Polícia relatou que “agitadores” atiraram pedras e garrafas contra guardas, deixando 29 feridos, um deles gravemente. Noventa e sete pessoas foram detidas.
Sindicatos e diversas organizações costumam convocar manifestações para o 1° de Maio na Europa e muitas são marcadas por incidentes de violência.
As autoridades alemãs mobilizaram 7.500 policiais para manter a ordem em Berlim.
Em Londres, as autoridades mobilizaram cerca de quatro mil policiais para garantir a segurança na capital britânica e evitar a repetição de atos de violência ocorridos nos últimos anos.
A chuva parece ter reduzido o número de manifestações esperadas no centro da cidade e não foram registrados incidentes sérios, na manhã desta quinta-feira.
Mais de 60 empresas haviam sido citadas por manifestantes como alvos de seus protestos.
Em Paris, além dos tradicionais comícios que marcam a data, os sindicatos planejam realizar mais três dias de protestos e de greves a fim de conter o que chamaram de um ataque do governo francês ao sistema de pensões e aos funcionários públicos, com seus planos de reforma nesses setores.
Na Grécia e na Espanha, manifestantes antiguerra convocaram protestos contra a guerra no Iraque e pela criação de empregos.
Manifestações similares foram convocados em Praga, a capital da República Checa, e Varsóvia, na Polônia.
A Rússia marcou o Dia do Trabalho com comícios bem mais discretos do que os opulentos desfiles militares que ocorriam na Praça Vermelho, de Moscou, no período soviético.
Na China, a data quase não foi comemorada em Pequim, onde as autoridades da Saúde estabeleceram quarentenas e suspenderam eventos públicos a fim de evitar a propagação da Sars, a pneumonia atípica que atinge duramente o país.