Descarte irregular de lâmpadas é descoberto e lacrado pela Prefeitura de Canoas

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Publicado Sexta, 09 de Março de 2012 às 10:55, por: CdB

A Prefeitura de Canoas, através da Secretaria de Meio Ambiente (SMMA), do Departamento de Defesa Civil e da Guarda Municipal, descobriram e fecharam um local onde foram descartados irregularmente cerca de 30 mil lâmpadas fluorescentes nesta sexta-feira, 9. O lugar onde o crime ambiental foi cometido fica na Avenida Frederico Ozanan, próximo aos fundos da Refap. A A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) foi comunicada para que intervenha, uma vez que o crime é considerado de Classe 1 (nível mais grave de contaminação), podendo causar problemas de saúde para a população e graves riscos ambientais. "Já foi acionada a Delegacia do Meio Ambiente de Porto Alegre para investigar o gerador. Além disso, a Fiscalização do Meio Ambiente responsabilizará o proprietário do terreno para que dê a destinação adequada àquele passivo ambiental. Este poderá ser encaminhado ao fabricante ou importador para recuperação ou outro fim ambientalmente aceito", comentou o secretária da SMMA, Celso Barônio.

Conforme o secretário adjunto da SMMA, Manuel Miranda, o local pertence a uma empresa que desistiu de se instalar no local, e atualmente está à venda. "Provavelmente os donos não sabem do ocorrido, será aberto inquéritos administrativo e criminal. Se não descobrirmos os responsáveis os proprietários serão acionados, pois eles devem manter o local limpo e cercado", explica Miranda.

Isolamento da área -

O local foi isolado e serão colocadas barreiras para que novos dejetos não sejam colocados no local até que o terreno seja completamente cercado pelos responsáveis. Além disso a Guarda Municipal passará pelo local em horários alternados para fiscalizar a área. "O que mais preocupa, no entanto é o risco de algum desavisado ou mesmo criança passar por ali e ficar exposto, por acidente, imperícia ou desconhecimento aos riscos do vapor. Poderia comprometer sua saúde pelo resto da vida. Este fato torna mais grave a responsabilidade, ou melhor dizendo, a irresponsabilidade de quem descartou o resíduo", disse o coordenador da Defesa Civil, Mauro Guedes.

Graves Problemas -

As lâmpadas fluorescentes tubulares, como as encontradas no terreno, contém de forma geral mercúrio, cádmio, pós de fósforo, além de chumbo, este último misturado no seu vidro. Aquele primeiro apresenta-se sob a forma de vapor ( a mais perigosa) e também em fase sólida (em maior quantidade) misturado junto ao fósforo. Por estes motivos constituem um grande problema ambiental.

"Os pós de fósforo por exemplo, podem facilmente passar de estado sólido para líquido e carregar junto consigo os metais pesados associados a ele para o solo, contaminando-o. Seguindo este caminho atingirá os mananciais de água, podendo acarretar danos nas nas relações do conjunto de seres vivos daquele ambiente, inclusive o homem", explica Manuel. "No ser humano, o mercúrio acumulado provoca hiperatividade. Ele também pode levar a uma desordem neuromuscular como contrações, dores, tremores, caibras, diminuição de força. assim com a uma perda de apetite. Após atingir o sistema nervoso central pode provocar entre outros males, tendência convulsiva. Causa ainda problemas renais e no metabolismo celular", completou.

 

Crédito da notícia: Euclides Bitelo
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Edição digital

 

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