O político colombiano Silvio Vásquez Villanueva, libertado, neste domingo, pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) depois de um ano e meio seqüestrado, disse na cidade de Neiva que a guerrilha não desistirá da exigência de trocar seus reféns por rebeldes presos.
As Farc insistem na assinatura de um "acordo humanitário" com o Governo, advertiu Vásquez ao voltar para sua residência em Neiva (Huila, sul). O político disse aos jornalistas que a maior guerrilha do país insistiu que libertará as pessoas que mantêm cativas somente depois de um acordo de troca entre os centenas de rebeldes presos.
Os rebeldes mantêm seqüestrados sob essa condição cerca de 60 membros da polícia, políticos e estrangeiros (três americanos seqüestrados em fevereiro passado).
Entre os políticos está a ex-candidata presidencial independente Ingrid Betancourt, seqüestrada no dia 23 de fevereiro de 2002 junto com sua candidata a vice, Clara Rojas.
Vásquez explicou sua libertação como um "gesto humanitário" das Farc, que aconteceu nas montanhas de Suaza, a 155 quilômetros ao sul de Neiva. Vásquez havia sido seqüestrado em fevereiro de 2002, na mesma região, quando promovia sua campanha para a Câmara de Representantes nas eleições que o país realizou em março desse ano.
O político, que foi deputado em Huila, disse que caminhou mais de quatro dias até o local onde os rebeldes o entregaram a sua mulher, Núbia Coronado.
Rio de Janeiro, Quarta, 24 de Abril de 2024
Depois de um ano e meio, político é libertado pelas Farc
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Publicado Domingo, 03 de Agosto de 2003 às 16:07, por: CdB
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