Democratas avançam pouco nas eleições em Hong-Kong

Arquivado em:
Publicado Segunda, 13 de Setembro de 2004 às 07:19, por: CdB

Os democratas de Hong Kong receberam menos votos do que o esperado na eleição de domingo, quando os moradores da região, preocupados em não se isolar dos dirigentes comunistas, preferiram a estabilidade oferecida pelo governo de Pequim.

O pleito, no qual foram escolhidos os 60 membros do Conselho Legislativo, havia sido apresentado pelos democratas como um virtual plebiscito sobre o direito da região de eleger seus líderes. Mas as promessas do governo central e um complicado sistema de votação acabaram favorecendo os políticos pró-Pequim.

- Estou decepcionado. Isso mostra o quão inaceitável é esse sistema eleitoral -, afirmouMartin Lee, ex-presidente do Partido Democrático, referindo-se ao sistema de representação proporcional.

Os candidatos pró-democracia conquistaram pelo voto direto 18 cadeiras, apenas uma a mais do que o montante da última eleição e bem menos que o esperado. E isso apesar de um recorde de 55,6% dos eleitores terem comparecido às urnas.

Preocupados em não insultar Pequim e ansiosos por salvaguardar a prosperidade econômica dependente da China continental, os eleitores garantiram aos governistas um desempenho melhor que o previsto. Os aliados de Pequim ficaram com 12 das 30 cadeiras eleitas pelo voto direto -- em 2000, haviam ficado com apenas sete.

No entanto, o resultado das eleições para os outros 30 legisladores, das quais participam grupos de profissionais como advogados e médicos, fez com que os lados adversários atingissem quase os mesmos níveis do pleito passado.

O campo pró-Pequim ficou com 34 cadeiras (mesmo quociente da eleição de 2000), os democratas ficaram com 25 (três a mais) e os independentes, com uma (três a menos).
Os democratas esperavam se sair bem melhor que isso.

Mas as promessas feitas pelo governo central, entre as quais a de incentivos econômicos, tiveram eco entre os 7 milhões de pessoas que moram em Hong Kong, uma região pouco tempo atrás tomada por uma deflação e ainda sofrendo com altas taxas de desemprego.

O Conselho Legislativo é dominado por partidários de Pequim desde 1997, quando a Grã-Bretanha devolveu Hong Kong à China.

Tags:
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo