Delgado critica parlamentares que se manifestam contra reformas

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Publicado Terça, 22 de Abril de 2003 às 14:22, por: CdB

O deputado federal Paulo Delgado (PT-MG) fez duras críticas aos parlamentares do partido que têm se manifestado contra as reformas a serem enviadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Congresso e avisou: "Se votar contra, são ex-petistas", numa indicação de que defenderá a saída dos rebeldes. O parlamentar mineiro citou diretamente o deputado federal Lindberg Farias (PT-RJ), um dos porta-vozes da insatisfação com o formato da reforma previdenciária desenhado até agora, com a contribuição dos servidores inativos. "Não vejo glória na oposição de governistas, a não ser o Lindberg, que está no terceiro partido em cinco anos", ironizou Delgado, numa referência ao fato de o colega já ter passado pelo PC do B e pelo PSTU. Delgado disse que a infidelidade partidária é uma característica de Lindberg e defendeu que "exista boa vontade" com os antigos militantes e fundadores do partido. "Será que ele acha que quem está há 22 anos no PT e nunca saiu não tem razão? Nós estamos errados e ele que está certo?", questionou Delgado. Para Delgado, muitos deputados da ala rebelde do PT estão levando para o plano nacional divergências locais que têm com petistas de seus estados. Delgado citou a deputada Luciana Genro (RS), filha do ministro Tarso Genro. Luciana fez oposição ao governo do petista Olívio Dutra no Rio Grande do Sul e tem feito duras críticas ao governo Lula até agora. Para Delgado, também o deputado Babá tem divergências regionais com o PT do Pará e por isso tem feito tantas críticas ao governo federal. "Se eles acham que vai haver uma paralisia no nosso governo por causa dos votos deles, vamos buscar votos onde precisar. Nenhum governo no Brasil se desestabilizou por falta de voto no Parlamento, porque se pode buscar votos em outro lugar. A história das crises no Parlamento foi em decorrência de os governos não terem ido buscar esses votos", disse Delgado. Na questão da reforma previdenciária, Delgado acredita que um valor mínimo mais alto, em torno dos R$ 2 mil, para iniciar a cobrança dos inativos poderá vencer as resistências de agora. "A reforma não é para este governo, é para a maioria do País", sustentou. Delgado esteve nesta terça-feira no Rio para participar da Feira e Conferência Internacional de Tecnologia de Defesa, no Riocentro.

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