O aumento nas importações de bens de consumo e outros produtos ampliou o déficit comercial dos Estados Unidos em fevereiro para US$ 39,7 bilhões, mas o déficit bilateral com a China foi o mais baixo em quase em um ano, mostrou um relatório do governo nesta terça-feira. A maior demanda norte-americana impulsionou as importações em 1,7% durante o mês, para US$ 182,9 bilhões. As exportações subiram somente 0,2%, para US$ 143,2 bilhões, mas ainda foi o melhor valor desde a crise financeira em outubro de 2008.
Analistas esperavam que o déficit comercial dos EUA crescesse em fevereiro para cerca de US$ 38,5 bilhões. O Departamento do Comércio do país reduziu sua estimativa para o déficit de janeiro para US$ 37 bilhões. A quantidade de importações de bens de consumo como produtos farmacêuticos, eletrônicos, brinquedos e roupas, e de serviços estrangeiros como viagens, foi a maior desde outubro de 2008. As importações de suprimentos à indústria e de materiais foram as maiores desde novembro de 2008.
As importações vindas da China caíram 7,2% em fevereiro, para US$ 23,4 bilhões, o menor nível desde maio de 2009. O déficit comercial dos EUA com o gigante manufatureiro asiático encolheu para US$ 16,5 bilhões, o menor desde março de 2009. A diminuição do déficit comercial pode dar tempo adicional para o presidente Barack Obama persuadir a China a elevar o valor da sua moeda, antes que parlamentares norte-americanos ponham em prática a ameaça de aprovar uma lei de tarifas adicionais a Pequim.
Os dados mensais da China mostraram no sábado que o país teve déficit comercial de US$ 7,24 bilhões em março, a primeira vez que sua balança esteve no vermelho desde abril de 2004. A importação norte-americana de petróleo em fevereiro foi a menor desde fevereiro de 1999. O preço médio do petróleo importado caiu quase um dólar desde janeiro, para US$ 72,92, mas subiu 85,9% desde fevereiro do ano passado.