Sinal amarelo. Na década de 1980, a indústria representava 27% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. Hoje, o setor beira os 15%. Contra essa situação, centrais sindicais (Central Única dos Trabalhadores, União Geral dos Trabalhadores, Força Sindical), vários sindicatos e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) divulgaram um manifesto com 22 propostas que visam a proteção da indústria e do emprego de qualidade no Brasil.
Este blog falou com Ricardo Patah, sindicalista e presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), para quem a desindustrialização em curso é evidente nas prateleiras do comércio, onde boa parte dos produtos é importada. Ele se preocupa com o papel do Brasil, cujas exportações se concentram nas commodities. Para o líder sindical, a economia brasileira, de fato, tem gerado empregos. “Mas é um emprego que não nos interessa: sem qualidade, com informalidade e ferindo a dignidade do trabalhador”, denuncia. Na cesta de sugestões que oferece para mudar o cenário, cobra uma política mais firme de redução de juros, aliada a um maior rigor com o capital especulativo e mais educação. Inclusive para que o trabalhador brasileiro dê conta de postos que exigem maior capacitação.
Quais são os sinais da desindustrialização?
Ricardo Patah