Dados de comunicadores assassinados são preocupantes

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Publicado Quinta, 04 de Outubro de 2012 às 11:34, por: CdB

Dados da campanha Por um Emblema de Imprensa (PEC) detalham o aumento de assassinatos de trabalhadores da comunicação, em comparação com o ano passado, sendo México, Honduras e Brasil os países mais perigosos para exercer o jornalismo na região.

Segundo a informação, 110 jornalistas foram assassinados em 25 países, nos nove meses de 2012; jamais tantos comunicadores haviam sido assassinados em nove meses, o que representa uma alta de 36% em comparação com o ano passado.

Em escala mundial, o México ocupa o terceiro lugar mais perigoso, com 10 comunicadores assassinados segundo a organização; o Brasil se situa no quarto lugar com sete homicídios e Honduras ocupa o sexto com seis mortes.

Síria, com 32 assassinatos, e Somália, com 16, encabeçam esta lamentável lista; Blaise Lempen, secretário geral da PEC, detalhou que a guerra civil na Síria é a causadora deste aumento já que os combatentes, sejam do bando governamental ou dos opositores, convertem os jornalistas em mais um objetivo.
A esta lista se domam Paquistão, com sete mortos, na sequência Filipina, com cinco mortos e posteriormente Irán e Nigéria com três; Afeganistão, Bolívia e Indía se posicionam em 11º lugar com dois mortos cada um; no Bahréin, Bangladesh, Camboja, Colômbia, Equador, Haiti, Indonésia, Nepal, Uganda, Panamá, Tanzânia e Tailândia, a organização registrou uma morte em cada país; outras entidades reportam que no Equador houve duas mortes em setembro.
Hedavat Abdel Nabj, presidenta da PEC, afirmou que a reação dos governos segue sendo lenta frente ao número de vítimas e acrescentou que certos países frearam o processo para a adoção de um documento vinculante para reforçar a proteção de jornalistas nas zonas de conflito; estes freios não são bem recebidos, o sangue de nossos colegas deveria alentar aos governos a iniciar e concluir este processo de uma maneira mais rápida, assinalou.
Os dados da organização assinalam que o Oriente Médio foi a região mais perigosa para a liberdade de imprensa, registrando 36 assassinatos, seguido pela América Latina com 29, África com 24, Ásia com 21 e a Europa não registrou nenhum homicídio; PEC indicou que no final do ano apresentarão um relatório completo.
Cabe ressaltar que na semana passada o Conselho de Direitos Humanos da Organização das nações Unidas (ONU), aprovou uma resolução em que solicita aos Estados brindar maior proteção aos jornalistas e suas fontes, sobretudo os que se encontram em zonas de conflito ou riscos, e investigar os atentados, ameaças e qualquer outra violação a seus direitos.

A notícia é do Cerigua

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