Cresce o lucro do Unibanco AIG Seguros

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Publicado Sexta, 14 de Novembro de 2003 às 16:13, por: CdB

A área de seguro e previdência do Unibanco teve forte participação no resultado do conglomerado. O lucro líquido da Unibanco AIG Seguros, quarta maior seguradora do Brasil, foi de R$ 204 milhões até setembro, resultado acima dos R$ 192 milhões do mesmo período do ano passado. Desse valor, aproximadamente R$ 164 milhões vieram da área de seguros e cerca de R$ 40 milhões, de previdência. O retorno sobre o patrimônio líquido médio anualizado foi de 19,7% nos nove meses.

As vendas de seguros somaram R$ 1,9 bilhão, considerando-se R$ 289 milhões do VGBL, um produto de acumulação de renda. As contribuições de planos de previdência totalizaram R$ 642 milhões. As reservas técnicas encerraram o mês de setembro em R$ 3,65 bilhões.

O grande incremento das vendas do grupo veio da área corporativa. A Unibanco é líder na carteira de seguro patrimonial, com prêmios de R$ 450 milhões até setembro, o que significa 17,2% das vendas totais de seguro.

O ramo de pessoas apresentou forte evolução, de 91,2%, para R$ 592 milhões, puxada pelas vendas de VGBL. Em seguro de automóvel, o grupo apresentou queda de 4,7%, para 427 milhões em prêmios.

Segundo José Roberto Haym, vice-presidente executivo da Unibanco AIG, a estratégia em 2003 foi reduzir a carteira de seguro automóvel, que representava 26% das vendas em 2002 e neste ano 20%, incrementando outras carteiras mais rentáveis.

- Prevíamos que seria um ano complicado com auto, que é uma carteira muito volátil. Como a nossa meta é fazer o possível para tirar a volatilidade do resultado da empresa, optamos por estimular a carteira empresarial e de produtos massificados, como seguro residência, vida e acidentes pessoais - disse Haym. A carteira que mais cresceu foi a de Director & Officer (D&O), seguida pela de responsabilidade civil, transporte, vida em grupo e garantia estendida.

O índice combinado, que mede o ganho operacional da seguradora, ficou um pouco acima de 100% (101,2%), após ter encerrado o primeiro semestre abaixo de 100%. "Está melhor do que a média de mercado, situada em 103%, mas queremos ficar abaixo de 100%. Vamos recuperar e encerrar o ano com ganho operacional", disse.

Segundo ele, a taxa de juro praticada no Brasil permite que as seguradoras balizem o preço do seguro em função do ganho financeiro. "Neste ano tivemos taxa média de 24% ao ano", comentou. No entanto, no próximo ano a situação ficará mais delicada, com a tendência de queda dos juros. A expectativa é de que a taxa média em 2004 fique em torno de 15%. "É uma perda de nove pontos percentuais, que todas as seguradoras terão de recuperar com o incremento das vendas, redução de custos e, inevitavelmente, aumento de preço", finalizou.

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