Corrida no Rio conscientiza e mobiliza sobre doação de medula óssea

Arquivado em:
Publicado Sábado, 08 de Dezembro de 2012 às 09:58, por: CdB

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - As inscrições pela internet  foram encerradas na última terça-feira (4), mas as pessoas que ainda quiserem participar da 4ª Corrida e Caminhada Com Você, Pela Vida – Doe Medula Óssea, programada para amanhã (9), ainda poderão se inscrever hoje (8), durante a entrega dos kits, até as 17 horas, no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro.

O evento é promovido pela Fundação do Câncer, entidade criada há 21 anos e parceira do Instituto Nacional de Câncer (Inca), do Ministério da Saúde. A renda obtida com as inscrições, no valor de R$ 65 cada (com direito a kit, que inclui boné, camiseta e sacola), será revertida para projetos do Centro de Transplante de Medula Óssea do Inca.

A Fundação do Câncer trabalha em ações de detecção precoce,  controle e prevenção do câncer, captando recursos para projetos efetuados dentro do Inca nas áreas de medula óssea, pesquisa, pediatria, entre outros.

Segundo informou ontem (7) à Agência Brasil a chefe da Área de Comunicação Social da fundação, Claudia Gomes, o objetivo da Corrida e Caminhada Com Você, Pela Vida – Doe Medula Óssea é a mobilização e conscientização da população sobre a importância da doação de medula óssea e da manutenção do cadastro de doadores atualizado.

“O mote é a doação de medula óssea, não só para captar doadores, como também para a atualização do cadastro”. Claudia explicou que a atualização dos dados cadastrais, principalmente endereço e telefone,  é essencial para que o Inca consiga dar agilidade ao atendimento ao paciente, no momento em que localiza um doador que é compatível. “Isso ajuda a salvar vidas”.

Uma tenda do Instituto Estadual de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti (Hemorio) está funcionando  no Parque do Flamengo para cadastro de novos doadores e atualização dos dados de quem já é doador. 

Claudia disse que, no momento do cadastro, é coletada uma amostra de 5 mililítros (ml) de sangue para a realização de exames de histocompatibilidade (estado de semelhança ou identidade genética entre indivíduos, que possibilita ou não transplantes). “O evento não é para coletar medula. A pessoa está realizando um cadastro de doador voluntário”, enfatizou.

Não é qualquer pessoa, porém, que pode doar medula óssea.  “Tem que estar em bom estado de saúde, ter entre 18 anos e 55 anos e não ter doença infectocontagiosa transmissível pelo sangue”. Pessoas, por exemplo, que tiveram hepatite ou são portadoras do vírus HIV não podem doar medula óssea.

Atualmente, o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) tem 2,9 milhões de pessoas cadastradas. Em 2000, quando o Redome foi criado, havia apenas 12 mil inscritos. No ano passado, foram efetuados 198 transplantes com doadores não aparentados, mostrando acréscimo de 25% em relação a 2010, relatou Claudia. Uma pessoa pode doar medula óssea mais de uma vez. A medula do doador se  recupera em cerca de 15 dias. “Há uma regeneração”, disse.
 
No Inca, a média é dois transplantes efetuados por mês com doadores não aparentados. De acordo com informação do Redome, mensalmente são realizados pelo Inca sete transplantes do tipo autólogo (de uma pessoa para si mesma) e com doador aparentado.

A Fundação do Câncer está promovendo também, pelo terceiro ano consecutivo, em prol do setor de Pediatria do Inca, a venda de cartões de Natal virtuais feitos por crianças em tratamento de câncer no instituto. Este ano, seis crianças  na faixa etária de 3 anos a 13 anos, participaram do projeto, realizado a partir de uma oficina de desenho com o artista plástico  Daniel Azulay, para estimular a criatividade das crianças. Os cartões são animados e têm custo de R$ 5 a unidade. 

Edição: Fábio Massalli

Tags:
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo