Rafael Correa faz bem e o certo: mobilização contra mobilização, juntamente com debate democrático sobre a questão ambiental e indígena no que tange à exploração das riquezas minerais e o potencial hidráulico do Equador.
O presidente equatoriano convocou uma manifestação para defendê-lo frente à outra manifestação, contra ele. Esta, chamada a Grande Marcha Plurinacional da Dignidade Nacional foi convocada por diversas organizações indígenas e movimentos de oposição para marcar posição contra políticas do atual governo. Iniciada na Amazônia, ontem, a marcha pretende percorrer 700 quilômetros até Quito em menos de 15 dias. As variadas demandas vão desde medidas pela educação até proteção dos recursos naturais do país.
A mobilização a favor, Jornada em Defesa da Democracia, foi composta por milhares de pessoas que atenderam o chamado de Correa, vindo até de outras cidades e acampando no Parque El Arbolito. Algumas das passeatas em comemoração ao Dia Internacional das Mulheres aproveitaram a ocasião e se converteram para a marcha em apoio ao presidente, com danças, roupas coloridas e músicas.
Manobra clara para estagnar o país
Está correto Correa quando afirma que a marcha da oposição tem o objetivo de desestabilizar seu governo. Seus oponentes aproveitam as demandas ambientais para congelar o ativo mineral e energético do país, em uma manobra clara para estagnar o país, limitar suas fontes de recursos tributários e de divisas. O Equador é um país dolarizado, que, no passado, evitava a expansão da exploração mineral, petróleo, gás e minérios, assim como a expansão de sua produção de energia elétrica.