Corpo de Michelle Staheli é encaminhado para necropsia

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Publicado Quinta, 04 de Dezembro de 2003 às 17:20, por: CdB

O corpo da mulher do executivo americano Todd Staheli, Michelle Davis Staheli, de 34 anos, que morreu nesta quinta de manhã, depois de ficar internada por quatro dias no hospital Copa D'Or, seguiu nesta quinta mesmo para o Instituto Médico Legal (IML) para ser necropsiado.

O objetivo da necropsia é descobrir se os ferimentos sofridos por Michelle são parecidos com os encontrados no corpo de seu marido. Os investigadores querem saber se eles foram atacados com a mesma arma. . Ela deverá ser enterrada nos Estados Unidos, junto com Todd.

Além da necropsia, será feito exame toxicológico em material para demonstrar se ela foi ou não dopada antes de ser agredida.

O diretor-médico do Copa D'Or, João Pantoja, disse que a unidade dispõe de amostras congeladas de soro do sangue de Michelle, tiradas quando ela chegou, por volta das 13 horas de domingo. Segundo o médico, o material só pode ser retirado para análise com um pedido da Justiça, que ainda não havia chegado ao hospital até o fim da tarde.

Pantoja explicou que o edema cerebral sofrido pela paciente, provocado pelo traumatismo, foi tão forte, que a equipe de médicos teve de retirar metade da calota craniana, na parte esquerda, para que o cérebro pudesse se expandir.

A operação foi necessária porque, com a expansão, o cérebro passou a comprimir os centros respiratório, o que não seria tão grave, já que ela respirava por aparelhos,  e circulatório. Com o aumento da pressão, veio a parada cardíaca, o coração dela parou de bater às 8h26.

Com afundamento de nariz e dos ossos ao redor dos olhos, além de cortes, Michelle já chegou ao hospital em estado grave, no nível 5 de uma escala que vai de 3 a 15, sendo 3 o mais grave. Em dois dias, ela evoluiu para o nível 3.

Não respondia mais a qualquer estímulo feito pelos médicos. Michelle teve lesão grande no cérebro e isquemia (falta de sangue) no tronco cerebral, no cerebelo e na parte esquerda, justamente a responsável pelo raciocínio e a interação humana, entre outras funções.

A americana ficou internada, em coma profundo, no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) pós-operatório. Na quarta-feira, a filha mais velha, Wesley, de 13 anos, e os dois irmãos que vieram dos Estados Unidos foram visitá-la.

A irmã dela ficou chocada ao vê-la em estado tão grave e deixou o hospital chorando. Wesley, que mantinha-se serena até então, segundo policiais, ficou muito abalada com a visita e foi vista aos prantos por funcionários da unidade.

A empresa Shell, onde Todd trabalhava como diretor de Gás e Energia para América Latina e Brasil, informou hoje que está apoiando a família. A companhia mantém um avião à disposição dos Staheli para transportar os dois corpos para os Estados Unidos.

O de Todd já foi embalsamado na Santa Casa de Inhaúma, mas permanece lá. A data em que o traslado será feito não foi definida.

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