Em reportagem publicada neste fim de semana, a revista "Época" mostra documentos obtidos pelo Ministério Público Federal nos quais o ex-subsecretário de Administração Tributária do Estado do Rio, Rodrigo Silveirinha Corrêa, e outros acusados de remessa ilegal de dinheiro para a Suíça alegam para o banco suíço que os dólares depositados "provinham de conselhos fiscais dados a importantes empresas ativas no Brasil" e que "os honorários eram pagos de mão em mão sem comprovantes". Uma cópia do passaporte está anexada à documentação das contas na Suiça. Em outra versão, os oito acusados declaram, sem apresentação de documento idôneo, que o dinheiro nas contas "provinha de comissões imobiliárias efetuadas com suas fortunas pessoais ou familiares". A reportagem também revela que, de acordo com Michael Wyler, porta-voz do banco onde o dinheiro foi depositado, o Union Bancaire Priveé (UBP), todos os correntistas do banco precisam apresentar o passaporte original, o que esvazia a tese de Silveirinha de que alguém teria aberto a conta no nome dele, sem ele saber. Em recente entrevista ao Jornal Nacional, Silveirinha negou que tivesse aberto a conta e disse que nunca foi à Suíça. A reprodução do passaporte de Silveirinha está no cadastro dos correntistas no Discount Bank and Trust Company, que foi comprado pelo UBP.
Rio de Janeiro, Sexta, 29 de Março de 2024
Cópia de passaporte identifica Silveirinha em depósitos na Suiça
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Publicado Domingo, 19 de Janeiro de 2003 às 08:35, por: CdB
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