Consumidor pode se prevenir contra fraudes em postos de gasolina

Arquivado em:
Publicado Quinta, 31 de Maio de 2007 às 07:46, por: CdB

Primeiro, o motor do carro começou a falhar, batendo pino. Uma semana depois, a bancária Vivian Damasceno, de 29 anos, teve de procurar uma oficina, onde o mecânico, de imediato constatou: Vivian era mais uma vítima do combustível adulterado.

Mais do que um grande aborrecimento, ela teve ainda de arcar com uma despesa inesperada de R$ 400 para que o carro voltasse a funcionar plenamente outra vez.

Assim como Vivian, não são poucos os consumidores lesados por postos de gasolina. No entanto, como explica a coordenadora geral de fiscalização da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Sheyla Oliveira, os defeitos no motor do carro, como entupimento de bombas e bicos ejetores, velas e válvulas vão surgindo gradativamente.

- O combustível líquido vai aos poucos se transformando numa goma. Ele vai corroendo as peças de tal forma que o consumidor não consegue identificar de onde partiu o problema. Tempos depois é que se percebe que foi o combustível adulterado que causou tudo isso - disse Sheyla.

Para evitar que mais consumidores sejam lesado, a Agência Nacional de Petróleo (ANP), promove uma série de programas, como o monitoramento da qualidade do combustível e as fiscalizações baseadas em denúncias. Na última terça-feira, fiscais da ANP interditaram dois postos de gasolina - um no Méier, no subúrbio, e outro em São Cristóvão, na Zona Norte - por estarem vendendo gasolina com adição de 63% de álcool.

De acordo com a legislação brasileira, 23% de álcool podem ser adicionados à gasolina. Mais do que este percentual, o combustível é considerado adulterado pela Agência Nacional de Petróleo (ANP).

De acordo com a coordenadora geral de fiscalização da ANP, cerca de 90% das adulterações verificadas em postos de gasolina do Rio ocorre por adição extra de álcool no combustível. No Rio, apenas um posto de gasolina, em Sulacap, no subúrbio, foi interditado por tentar burlar a fiscalização usando um mecanismo que mudava o combustível que entrava na bomba de gasolina.

A coordenadora explica que o próprio consumidor pode ser uma espécie de fiscal da ANP. Para não ser enganado e usar combustível adulterado no seu carro, ele deve verificar se existe no posto um quadro de avisos em local visível e destacado, onde deve constar: nome e razão social do posto, o nome da ANP, e o telefone da Central de Relações com Consumidor (0800-970-0267).

- Embora seja um direito do consumidor, poucos motoristas sabem que, em caso de dúvida, podem pedir para que o posto faça o teste da proveta. O teste leva 15 minutos. O consumidor checa na hora a quantidade de álcool na gasolina - destacou a coordenadora.

 

 Nota fiscal é arma contra fraude

Outra forma de se precaver é pedir a nota fiscal no momento do abastecimento. Nela constam o nome do posto, o CNPJ, endereço do posto e a origem do combustível. É importante que o consumidor repare se a marca da distribuidora que existe na bomba do posto é a mesma do caminhão distribuidor e da bandeira do posto.

Conforme as denúncias, equipes do Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Pontifícia Universidade Católica (PUC-RJ) vão aos postos, coletam o material e, além de fazer testes nos locais, enviam o combustível suspeito para ser analisado nos laboratórios. Constatada a irregularidade, o posto é imediatamente interditado e as bombas de gasolina, lacradas, como medida cautelar. O dono do posto tem de se desfazer do produto adulterado e pedir nova análise à ANP. O posto só volta a funcionar depois de autorizado pela ANP.

 - Além das denúncias, fazemos verificações semanais em vá

Tags:
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo