Congresso dos EUA quer nova investigação sobre e-mail de Hillary

Arquivado em:
Publicado Terça, 12 de Julho de 2016 às 07:38, por: CdB

Hillary foi secretária de Estado entre 2009 e 2013. Posteriormente, foi revelado que ela violou a lei ao utilizar seu e-mail pessoal, que não estava protegido

Por Redação, com agências internacionais - de Washington:   Os presidentes de duas comissões da câmara baixa do Congresso norte-americano apelaram ao Ministério da Justiça para iniciar uma investigação sobre as testemunhas da ex-secretária de Estado Hillary Clinton relacionadas com ao caso dos e-mails.
hillary-3.jpg
Hillary Clinton em campanha para disputar as eleições presidenciais pelo partido Democrata norte-americano
A carta com a exigência de iniciar uma nova investigação foi assinada por Jason Chaffetz, chefe da Comissão de Supervisão e Reforma Governamental, e Bob Goodlatte, presidente da Comissão de Assuntos Jurídicos. Ambos são republicanos. – As provas encontradas pelo FBI durante a investigação sobre o uso por Clinton de e-mailpessoal mostraram contradições entre alguns aspectos de seu testemunho sob juramento no Congresso – escreveu à agência inglesa de notícias Reuters, citando a carta enviada para o procurador federal Channing Phillips. Chaffetz também exigiu a liberação de acesso aos materiais da investigação do FBI sobre o caso envolvendo a candidata Clinton. Hillary foi secretária de Estado entre 2009 e 2013. Posteriormente, foi revelado que ela violou a lei ao utilizar seu e-mail pessoal, que não estava protegido, para tratar de questões confidenciais. O diretor do FBI, James Comey, afirmou em 5 de julho que a agência de investigação não conseguiu encontrar provas de que hackers tivessem tido acesso ao servidor de correio eletrônico da ex-secretária de Estado. Ao mesmo tempo, Comey reconheceu que a "cultura de segurança" no Departamento de Estado foi "insuficiente". Em abril de 2016, o Departamento de Estado encerrou sua investigação sobre o caso para não interferir com a do FBI, segundo o Guardian. O interesse pelo caso aumentou devido ao fato de Hillary Clinton ser a principal candidata do Partido Democrata para concorrer às eleições presidenciais norte-americanas. De acordo com a maioria das pesquisas, ela está à frente de seu principal rival republicano, Donald Trump.

Colegas do Departamento de Estado

Hillary Clinton repetiu na semana passada que não se deu conta de que ela estava transmitindo segredos altamente confidenciais do governo pelo seu servidor de e-mail pessoal quando secretária de Estado dos Estados Unidos, nos seus primeiros comentários desde que a uma investigação federal constatou que isso aconteceu pelo menos 110 vezes. Hillary, potencial candidata a presidente pelo Partido Democrata, transferiu a culpa para os seus antigos colegas do Departamento de Estado, dizendo em entrevistas na TV que ela seguiu a orientação deles sobre que informação era ou não confidencial. – Eles, eu acredito, não acreditavam que estavam enviando um material que era confidencial, eles estavam seguindo as responsabilidades deles – afirmou ela em entrevista à TV MSNBC. A democrata não tratou das conclusões do FBI reveladas nesta semana de que ela mesma enviou informações sobre temas sigilosos como “top secret”, o grau mais alto de confidencialidade, por intermédio de servidor privado não autorizado que ela mantinha na sua casa. O tratamento indevido da informação confidencial é um crime, e James Comey, diretor do FBI, afirmou na terça que, ao mesmo tempo que havia evidências de que Hillary e seus assessores poderiam ter violado a lei, não havia evidências suficientes de intenção criminal para um processo. Comey não considerou que Hillary cometeu ato criminoso, mas disse numa declaração incisiva que ela e a sua equipe foram “extremamente descuidadas” ao lidarem com os segredos do governo. Ele afirmou que o servidor da democrata tinha segurança tão precária que o FBI não poderia descartar a possibilidade de que conteúdos não tivessem sido invadidos pelos inimigos do país. Perguntada se ela concordava que havia sido “extremamente descuidada”, Hillary não quis responder diretamente, dizendo repetidas vezes que Comey havia “esclarecido” os seus comentários. Não ficou claro a que esclarecimento Hillary se referia.  
Tags:
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo