Congresso da Felap debate perseguição a jornalistas e o papel da grande mídia

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Publicado Terça, 04 de Setembro de 2012 às 11:34, por: CdB

A Federação Latinoamericana de Jornalistas (Felap, por sua sigla em espanhol) realizou nos dias 1° e 02 de setembro, em Caracas, República Bolivariana da Venezuela, seu XI Congresso sob o tema "Nossa comunicação não será censurada”. O objetivo foi debater eixos como as alarmantes ameaças à vida dos profissionais na região e a comunicação em disputa, que existe entre grandes grupos midiáticos e os Governos que têm surgido nas últimas décadas na região.

Participaram deste encontro os 16 países que compõem a Felap, além da plataforma de jornalistas da Venezuela, que ingressou nas fileiras da Federação, uma associação de jornalistas do Uruguai e o círculo de jornalistas de Santiago do Chile.

No evento, disse a TeleSUR, que o presidente da Felap, Juan Carlos Camaño, denunciou a difícil situação dos/das jornalistas em alguns países da América Latina. "Há matanças no México, Honduras e Colômbia. São três países nos quais permanentemente se estão perseguindo, ameaçando e matando jornalistas, e tais crimes permanecem impunes”, condenou, acrescentando que as ameaças e perseguições a jornalistas se convergiram em situações "realmente alarmantes, mais que preocupantes e absolutamente repudiáveis”.

Carlos Camaño relembrou que no México foram mortos mais de cem jornalistas nos últimos 12 anos. E em Honduras o problema se acentuou depois de 2009, ano do golpe de Estado contra Manuel Zelaya, comprovando claramente uma dura perseguição política contra os/as comunicadores/as.

Também se conversou sobre o papel dos grandes meios de comunicação (monopólios nacionais e transnacionais) e os participantes se dedicaram a denunciar as políticas que, defendendo os interesses dominantes, manipulam a informação e a comunicação com o intuito de instaurar condições objetivas e subjetivas que protejam os interesses de setores privilegiados da sociedade.

No domingo, o Congresso finalizou com a apresentação da "Declaração de Caracas”, documento em que os/as participantes se expressaram em defesa da vida e contra o terrorismo do Estado, o terrorismo de mercado e o terrorismo midiático. Nos momentos finais, também foram feitas exigências ao presidente estadunidense, Barack Obama, para que liberte os cinco lutadores antiterroristas cubanos, presos nos Estados Unidos desde 12 de setembro de 1998, já quase 14 anos.

Além de ratificar no Congresso seu compromisso de luta, os/as participantes convocaram também a todos/as os/as jornalistas da América Latina e do Caribe a "tornar realidade o sonho de nossos libertadores e de nossos povos”.

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