Congo investiga causas de desastre aéreo

Arquivado em:
Publicado Sábado, 10 de Maio de 2003 às 12:34, por: CdB

As forças armadas do Congo estão investigando como as portas traseiras de um avião de carga da era soviética se abriram durante o vôo jogando dezenas de passageiros para a morte. O ministro da Informação Kikaya Bin Karubi disse ter tomado conhecimento de sete mortes, mas oficiais da aviação, diplomatas e sobreviventes afirmam que mais de 100 soldados e seus familiares morreram. - A Força Aérea e o Exército estão investigando o problema nesse momento. Queremos descobrir se foi erro humano ou falha mecânica -, disse Karubi na última sexta-feira (9). Ele declarou não ter idéia de quantas pessoas estavam à bordo do avião de carga Ilyushin II-76, que transportava tropas de Kinshasa para Lubumbashi, a segunda maior cidade da República Democrática do Congo. Karubi disse neste sábado que o número oficial de mortos deve subir após a conclusão das primeiras investigações militares. "O número oficial mudará neste sábado", afirmou. Um porta-voz do exército afirmou mais cedo que o número de mortos era 17, e incluía militares, mulheres e crianças. Diplomatas ocidentais afirmaram que os mortos podem chegar a 180. Karubi disse ainda que as portas do avião se abriram a 3 mil metros de altitude. Outras fontes indicam que o acidente aconteceu a 10 mil metros. Um piloto militar congolês afirmou que muitas pessoas morreram. Disse que membros da polícia exigiram embarcar no avião minutos antes da decolagem, quando a aeronave já estava cheia. O forte esquema de policiamento ao redor do hospital militar de Kinshasa, onde está a maioria dos sobreviventes, continuou neste sábado. O exército e o governo usam com freqüência aviões de carga para transportar militares e funcionários públicos, com suas família, entre Kinshasa e Lubumbashi. A viagem por via terrestre não é uma opção, devido à destruição das estradas em décadas de guerra. Mas os aviões em geral são antigos e a manutenção é deficiente. No pior desastre aéreo registrado no Congo, um Antonov-32 caiu num mercado de Kinshasa logo após a decolagem, em 1996. Cerca de 350 pessoas morreram.

Tags:
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo