Comissária de Direitos Humanos exige cessar-fogo na Síria e delegação do país deixa debate na ONU

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Publicado Terça, 28 de Fevereiro de 2012 às 04:38, por: CdB

Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil

Brasília –  A alta comissária da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Navi Pillay, exigiu hoje (28) o “cessar-fogo humanitário imediato” na Síria. O pedido foi feito durante sessão extraordinária convocada para discutir exclusivamente o agravamento da onda de violência na Síria. A reação de Navi Pillay provocou a retirada da delegação síria na ONU, chefiada pelo embaixador Faysal Khabbaz Hamui.

“Deve haver um cessar-fogo humanitário imediato para acabar com os combates e os bombardeamentos e permitir à ONU prestar ajuda às populações”, disse ela para um grupo no qual estavam representantes dos 47 países que integram o Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas.

Após a cobrança de Navi Pillay, Hamui pediu a palavra e anunciou sua retirada dos debates. “Considerando que o verdadeiro objetivo dessa sessão é atiçar as chamas do terrorismo no meu país, a minha delegação declara a retirada desse debate estéril”, disse ele. “[A delegação síria não reconhece a] legitimidade da sessão nem a de qualquer resolução mal intencionada”.

O Conselho dos Direitos Humanos debate hoje a crise humanitária na Síria e pretende propor uma  resolução – sugerida pelas delegações da Turquia, do Catar, do Kuwait e da Arábia Saudita – para adoção de um corredor humanitário destinado a ajudar as vítimas dos confrontos. Por esse corredor, a ONU e as agências humanitárias poderão ajudar as vítimas.

Navi Pillay disse que o balanço mais recente indica que 2.493 civis e 1.345 militares morreram na Síria, no período de 15 de março de 2011 a 18 janeiro de 2012. No total, a estimativa é que  mais de 7,6 mil pessoas tenham morrido durante quase um ano de confrontos no país.

*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa // Edição: Juliana Andrade

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