Uma representante de dez lojas em Moscou e São Petersburgo, que não quis se identificar, comprou todas as jóias expostas na Moda Brasil-Rússia, avaliadas em US$ 100 mil. A comerciante esperou até o último minuto, quando a feira se encerrou, para fechar a transação, já que as jóias foram trazidas como mostruário.
A feira, organizada pela Agência de Promoção das Exportações (Apex) para promover contatos e abrir portas para os produtos brasileiros na Rússia, teve início na última sexta-feira, no Pavilhão T-Modul, espaço destinado a eventos de moda.
Além dessa compra, foram fechados contratos de mais de US$ 200 mil, para os próximos seis meses. De acordo com Hécliton Santini, presidente do Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM), cerca de 70 empresários visitaram os estandes, ocupados por seis empresas de jóias, uma de pedras preciosas e uma representando 25 fabricantes de bijuteria. O setor de jóias foi um dos mais procurados durante a feira.
Santini revelou que o consumidor russo, mais acostumado com o ouro, busca produtos diferenciados, como os modelos brasileiros que contêm pedras preciosas e semi-preciosas.
- Estamos falando de um consumidor emergente, que está entre os muito ricos e os muito pobres. A classe média russa está ávida por um produto que não seja tão caro como o ouro nem tão barato como as bijuterias populares. Surpreendeu aos compradores russos a qualidade, a criatividade, originalidade e os preços competitivos das nossas jóias - disse.
O setor movimenta US$ 1,7 bilhão por ano, dos quais metade é exportada para 85 países. Os principais compradores são Estados Unidos, Japão e União Européia. Os números parciais apontam que houve 360 visitas de grandes empresários à feira, embora seja um volume inferior às 1,5 mil visitas que estavam marcadas, os expositores consideram que o evento foi bem-sucedido, porque todos os visitantes são distribuidores e importadores com forte presença nas principais lojas de Moscou.