Com agenda apertada, Dilma segue de olho nas alianças estaduais

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Publicado Terça, 20 de Abril de 2010 às 10:18, por: CdB

Menos de 12 horas após o lançamento, o blog Dilma na Web, segue com uma grande repercussão junto os internautas brasileiros, com mais de 200 comentários dos leitores. Mas nem todos os comentários puderam ser publicados, em vista das limitações impostas pela Justiça Eleitoral aos pré-candidatos.

Na véspera, o lançamento do blog foi transmitido ao vivo e mais de 7 mil pessoas acompanharam. Já na primeira hora do blog no ar, Dilma estava em primeiro lugar nos Trending Topics Brasil, superou Flamengo e Botafogo, Serra, YouTube e todos os outros assuntos do dia. A tag #dilmanaweb ficou em terceiro lugar, o link dilmanaweb.com.br em segundo e o link que levava à transmissão ao vivo apareceu em sétimo.

Durante o lançamento do sítio, a pré-candidata petista, em conversa com jornalistas e blogueiros, disse que o pré-candidato tucano José Serra está igual "biruta de aeroporto". O comentário surgiu em resposta a Serra, que atacou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), classificando-o de "lista de obras não cumpridas". Dilma lembrou que, nos últimos dias, o tucano vinha elogiando Lula, mas o PSDB fez dura oposição ao governo nos últimos anos. Ela lembra que a oposição nunca apoiou o Bolsa Família ou o programa Minha Casa Minha Vida.

– Ele (Serra)  está mais é para biruta de aeroporto. Cada dia de um jeito. É impossível se passar pelo que não é - disse sorrindo.

Dilma também contestou a declaração de Serra e apontou uma série de obras do PAC concluídas ou em fase de conclusão. Ela lembrou que, muitas vezes, um projeto de grande magnitude leva mais de oito anos para ser executado.

– O PAC é um imenso esforço para fazer nosso país voltar a investir. Eles falam em acabar com o PAC, que é uma lista de obras, que não serve para nada, mas vai ter que falar isso com os prefeitos – afirmou Dilma.

Ao ser perguntada se estava com ciúmes de Serra com o ex-governador Aécio Neves, que se encontraram em Belo Horizonte, na véspera, ela afirmou não existir espaço para tal sentimento.

Alianças

A ex-ministra, que participa no final do dia da missa Missa Solene pelo aniversário de Brasília, na Esplanada dos Ministérios, passou o dia de olho nas repercussões sobre a eleição do peemedebista Rogério Rosso para governar o Distrito Federal (DF). Este foi, na prática, o início da consolidação da chapa PT-PMDB nacional e nos Estados. A opinião é do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP).

– Foi o pontapé inicial. Estamos tratando de construir uma aliança. E, pouco a pouco, vamos contruí-la – disse o peemedebista.

Rogério Rosso foi eleito de forma indireta e teve apoio do PT. A aliança foi costurada para evitar que o então governador em exercício, Wilson Lima (PR), fosse eleito. Lima é apoiado pelo ex-governador do DF Joaquim Roriz, pré-candidato às eleições e adversário histórico dos petistas na cidade.

A capital completa, nesta quarta-feira, 50 anos com um novo governador – o quarto desde o início da crise política, em novembro. Rosso assumiu após cassação de José Roberto Arruda, que perdeu o mandato depois das denúncias de envolvimento em esquema de corrupção no DF.

Apesar dos problemas enfrentados pela capital federal, Michel Temer disse que “Brasília é maior que todos os seus problemas”.

A expectativa da cúpula do PMDB, agora, é de que até o dia 15 de maio estejam resolvidos todos os problemas dos palanques estaduais. É a data-limite para tais definições, pois está marcado o encontro nacional do partido para indicar Michel Temer (PMDB-SP) para a vaga de vice da pré-candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff.

No jantar  oferecido a Dilma na casa do deputado Eunicio Oliveira (PMDB-CE), que terminou na madrugada desta terça-feira, o líder do governo Cândido Vaccarezza (PT-SP) discursou pedindo que o assunto fosse evitado no encontro. Em Minas, porém, segue o impasse entre petistas e peemedebistas quanto ao futuro candidato ao governo estadual. Os peemedebistas acreditam que, nos próximos dias a cúpula petista irá pressionar o PT mineiro a consolidar a aliança com o ex-ministro Hélio Costa.

– Hoje o que mais preocupa é Minas pela influência na divisão do partido e colégio eleitoral de 613 delegados e 320 votos para aprovar a coligação. Se esfacelar lá, o Aécio toma conta de tudo –  disse Oliveira, a jornalistas.

No fim da semana, Dilma tem viagem marcada ao Paraná, onde a coligação com o PDT de Osmar Dias tem sido colocada à prova. Antes do jantar, Temer comentou que o nível do debate nesta etapa de pré-campanha eleitoral é digno de críticas, pois os pré-candidatos tendem a explorar mais questões pessoais do que os temas programáticos.

– Não, não acho bom – disse o deputado a jornalistas ao ser perguntado se o nível do atual debate era aceitável. Segundo Temer, "tanto a candidata Dilma como o candidato Serra têm condições técnicas para fazer um grande debate técnico em torno dos problemas do país".

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