Fernando Londono, ministro do Interior colombiano, afirma que depois de implantada a campanha agressiva de erradicação das colheitas a Colômbia não será mais o principal exportador de cocaína do mundo. O ministro acredita que até o final do ano, quando termina a campanha, já terá acabado a maior plantação de folhas de coca do mundo, afirmando aos céticos que não está louco. Desde que assumiu o poder em agosto passado, o presidente Alvaro Uribe tem agradado Washington acelerando a aspersão das colheitas, o que foi atrasado pelo seu antecessor, Andres Pastrana, pela preocupação com protestos dos camponeses. A Colômbia, a maior produtora de cocaína, recebeu nos últimos anos mais de US$ 2 bilhões em, principalmente, ajuda militar antidrogas dos Estados Unidos, o maior consumidor do mundo. O país também é o maior fornecedor de heroína para os EUA. - Vocês verão os resultados e porque este ministro não é tão louco quando diz que, até o final do ano, a Colômbia não será, porque não poderá ser, um país exportador de cocaína em quantidades industriais - disse Londono. Em janeiro, o ministro provocou risos quando disse que a coca seria eliminada da província de Putumayo, ao sul do país, que produziu metade da cocaína da Colômbia até o final do ano passado. Mas dois meses depois fotos de satélites mostraram que a área plantada de coca, matéria-prima da cocaína, caiu 30% no último ano na Colômbia. Londono, um advogado conhecido por sua dura oposição ao comércio de drogas, também disse a representantes da União Européia que o programa americano de reduzir as colheitas com herbicidas pode destruir as papoulas de ópio da Colômbia em dois meses.
Rio de Janeiro, Sexta, 19 de Abril de 2024
Colômbia vai deixar de ser o principal exportador de cocaína
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Publicado Terça, 13 de Maio de 2003 às 00:33, por: CdB
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