Colom recorda assinatura de acordos de paz

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Publicado Quarta, 28 de Dezembro de 2011 às 10:09, por: CdB

CIDADE DA GUATEMALA, 28 DEZ (ANSA) - O presidente da Guatemala, Alvaro Colom, participa hoje das comemorações dos 15 anos da assinatura dos Acordos de Paz que encerraram o conflito armado interno que durou 36 anos no país (1960-1996).
   
Dentre as celebrações, Colom é o responsável neste ano pela tradicional Troca da Rosa da Paz, um ato simbólico que recorda as vítimas do conflito direto, que somam mais de 200 mil, e dos crimes de lesa-humanidade cometidos pelas ditaduras guatemaltecas.
   
O secretário guatemalteco da Paz, Eddy Armas, explicou que o mandatário realiza a troca como reconhecimento ao apoio social que seu governo deu à população mais carente e à implementação de programas sociais e de educação e saúde gratuitos.
   
As atividades de comemoração começam hoje com uma cerimônia maia nas ruínas de Kaminal Juyú, localizadas no oeste da capital go país, seguida de uma Missa de Ação de Graças na Catedral Metropolitana.
   
A cerimônia de Troca da Rosa da Paz ocorre no Palácio Nacional da Cultura às 11h30 locais (15h30 no horário de Brasília) e é seguida de um concerto na Plaza de la Constituición.
   
O presidente eleito da Guatemala, Otto Pérez Molina, afirmou que, apesar de terem sido conquistados avanços, ainda não foram cumpridos todos os doze compromissos assinalados no acordo.
   
Molina compôs o Exército na época do conflito interno e foi um dos militares que assinou o Acordo de Paz. Apesar disso, ele é acusado de ter participado das violações aos direitos humanos na década de 1980.
   
Para alguns analistas, os fatores que originaram a guerra civil ainda não foram resolvidos, como o alto índice de pobreza e a debilidade da democracia no país, questões que o acordo previa combater.
   
De acordo com a última Pesquisa de Condições de Vida (Encovi, na sigla em espanhol), 53,71% dos guatemaltecos são pobres e 13,33% estão na pobreza extrema. Além disso, a exclusão social dos povos indígenas afeta hoje mais de 60% da população, formada por etnias maia, xinca e garífuna. (ANSA)


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