Gal Costa é uma das artistas que mais cantou Caetano Veloso - quase uma centena de gravações - e o pesquisador Thiago Marques Luiz, comprovando que a ligação entre os dois músicas persistiu ao longo dos anos e produziu inúmeros registros antológicos, decidiu reunir o melhor desta 'parceria' na coletânea Gal Canta Caetano.
O primeiro sucesso de Gal, Baby - até hoje uma das marcas registradas da cantora -, aparece na versão de 1997, do CD Acústico, em luxuoso arranjo do maestro Wagner Tiso, com participação da Orquestra Petrobrás Pró Música. Ainda deste projeto, destacam-se três faixas inéditas em CD: Vaca Profana, Força Estranha e O Amor, em versões que revelam a excelência do canto de uma Gal mais madura e dona de uma técnica exuberante.
Gal Canta Caetano ainda traz faixas menos óbvias, como Bahia, Minha Preta - do CD O Sorriso do Gato de Alice -, uma das grandes canções de Caetano nos anos 90, que ganhou gravação definitiva de Gal. O álbum ainda conta com Você Não Gosta de Mim, do CD Aquele Frevo Axé, Abandono, uma obscura canção de Caetano resgatada em Gal de Tantos Amores e Tenda, do raro Lua de Mel Como o Diabo Gosta.
Do tributo de Gal a Chico e Caetano, Mina D'Àgua do Meu Canto, foram extraídas três pérolas: O Quereres, Milagres do Povo e Língua.
Gal foi a principal voz feminina do Tropicalismo, mas só gravou Tropicália, canção-manifesto do movimento, em 1992, com arranjo de Cristóvão Bastos. Para encerrar a compilação, Sorte (Celso Fonseca/Ronaldo Bastos), única canção que não é de autoria de Caetano, que divide com Gal os vocais da faixa.