Co-fundador do Spotify diz que não tem intenção de vender companhia

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Publicado Quinta, 09 de Junho de 2016 às 10:31, por: CdB

O Spotify, fundado em 2006, paga mais de 80 % de sua receita para gravadoras e artistas e não teve lucro ainda, embora esteja desembolsando recursos para crescer internacionalmente

Por Redação, com Reuters - de Estocolmo/São Francisco:

Daniel Ek, co-fundador do serviço de transmissão de música sueco Spotify, que tem a maior base de assinantes pagos no mundo, disse nesta quinta-feira que não tem intenção de vender a empresa.

Embora investidores acreditem que o Spotify está provavelmente caminhando para uma listagem de ações em bolsa, alguns analistas do setor veem a companhia deficitária como um alvo de aquisição por uma empresa maior de tecnologia com mais recursos em caixa.

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Embora investidores acreditem que o Spotify está provavelmente caminhando para uma listagem de ações em bolsa

– Minha ambição egoísta com o Spotify é só tentar mostrar... que podemos criar uma dessas super empresas aqui na Europa – disse o executivo a jornalistas no simpósio Brilliant Minds, que tem a meta de unir artistas e músicos à comunidade de tecnologia.

Questionado se isso significa que não está disposto a vender a empresa, Ek disse: "Não vou vender, não."

O Spotify, fundado em 2006, paga mais de 80 % de sua receita para gravadoras e artistas e não teve lucro ainda, embora esteja desembolsando recursos para crescer internacionalmente. Ele compete com rivais de grandes grupos como Apple Music, Google Music e YouTube.

Apple

A Apple anunciou uma série de aguardados melhoramentos na App Store, mas os novos recursos podem não reduzir preocupações de desenvolvedores e analistas de mercado que afirmam que o modelo da loja de aplicativos pode estar ultrapassado.

A loja reformulada vai permitir que os desenvolvedores divulguem seus aplicativos em resultados de busca e dará a eles uma parcela maior das receitas com assinaturas. A Apple ainda afirmou que acelerou muito a velocidade de aprovação dos aplicativos vendidos na loja.

O objetivo é sustentar um ciclo virtuoso no centro do lucrativo negócio criado pelos iPhones. Produtores de software desenvolvem aplicativos para o celular da Apple porque seus clientes têm interesse em pagar por eles e estes consumidores, por sua vez, pagam um prêmio pelo aparelho porque consideram que tem os melhores aplicativos.

A loja é mais importante estrategicamente que nunca para a Apple, em um momento em que as vendas do iPhone começam a dar sinais de desaceleração e a companhia busca softwares e serviços para preencher esse espaço. O presidente-executivo da Apple, Tim Cook, afirmou em conferência recente que as receitas da App Store subiram 35 %  no ano passado.

Mas a loja também é vítima de seu próprio sucesso. Oito anos depois de seu lançamento, a App Store tem mais de 1,9 milhão de aplicativos, segundo uma análise da empresa App Annie, o que torna praticamente impossível para desenvolvedores conseguirem um espaço de usuários. Além disso, fica cada vez mais difícil para os usuários encontrarem o que precisam, já que cerca de 14 mil novos aplicativos chegam à loja toda semana.

– O espaço para aplicativos ficou fora de controle", disse Vint Cerf, um dos inventores da Internet e atualmente vice-presidente do Google durante uma conferência em San Francisco sobre o futuro da web. "Precisamos deixar esta ideia de ter um aplicativo individual para qualquer coisa individual que você queira fazer.

Alguns usuários estão abandonando aplicativos para adotarem serviços de mensagens como o Slack ou o Messenger, do Facebook, que estão avançando sobre áreas como shopping e armazenagem de documentos.

Enquanto isso, rápidos avanços em inteligência artificial podem levar a um mundo em que as pessoas utilizam assistentes digitais controlados por voz como o Siri, da Apple, em vez de abrirem aplicativos individuais.

Se estas tecnologias decolarem, podem eliminar a vantagem desfrutada pela Apple por meio de seu forte ecossistema de aplicativos e dar mais força ao Google, que é amplamente considerado como líder na inteligência artificial.

– A atual dinâmica é muito favorável à Apple e isto é uma indicação de que podemos ter uma mudança para uma dinâmica diferente em que o Google terá uma forte vantagem – disse Benedict Evans, sócio da empresa de investimentos de risco Andreessen Horowitz.

– Não importa o que você faça a uma loja de aplicativos, você sempre vai ter o mesmo problema: É uma lista de milhões de coisas – acrescentou.

Apple e Samsung

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos pediu à Suprema Corte que reverta uma determinação de um tribunal de apelações que favorecia a Apple em detrimento da Samsung Electronics em uma disputa sobre patentes de smartphones, pedindo o retorno do caso para o tribunal de julgamento.

A Samsung havia recorrido de uma determinação de um tribunal federal de apelos para a Suprema Corte, que concordou em ouvir o caso. O Departamento de Justiça submeteu sua visão em um documento na quarta-feira.

Uma porta-voz da Apple não quis comentar, enquanto a Samsung disse à agência inglesa de notícias Reuters que recebe bem o "apoio esmagador" de várias partes, incluindo o governo norte-americano, pela reversão da determinação do tribunal de apelos em favor da Apple.

As maiores rivais do mundo no segmento de smartphones têm brigado sobre patentes desde 2011, quando a Apple processou a Samsung no norte da Califórnia alegando a violação de patentes, designs e aparência sob marca registrada do iPhone.

Na sequência de um julgamento com júri em 2012, a Samsung recebeu a ordem de pagar à Apple US$ 930 milhões. Desde então, a Samsung tem tentado reduzir esse número.

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