Cientistas descobrem que humanos adultos também produzem células-mães

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Publicado Terça, 14 de Agosto de 2001 às 16:06, por: CdB

Pesquisadores canadenses conseguiram isolar células-mães da pele de roedores adultos, capazes de se transformar em células nervosas, musculares e adiposas, descoberta que pode ter aplicações terapêuticas para reparar tecidos danificados. O estudo sobre a descoberta de uma fonte de células-mães polivalentes adultas, facilmente acessíveis, que podem dar origem a diferentes tecidos, foi publicado nesta segunda-feira na edição eletrônica da Nature Cell Biology. O achado pode evitar que se tenha de recorrer ao uso controvertido das células embrionárias. As células-mães são portadoras de várias promessas terapêuticas, por exemplo, pode se recorrer a elas em caso de lesões de paralisia na medula óssea ou do Mal de Parikinson. O debate sobre a utilização de células-mães de embriões humanos estimulou a investigação sobre as células-mães adultas, consideradas menos importantes pelos partidários da clonagem terapêutica, que permitiria obter células com maior capacidade de adaptação que as células embrionárias, mas contendo as características do doente a ser curado. A clonagem terapêutica é considerada por alguns como a porta aberta à clonagem reprodutiva, que pode produzir bebês clonados. As terapias celulares de implante são muito promissoras para o sistema nervoso, segundo autores do estudo, que citam recuperações de paralisias em ratas depois do uso de células embrionárias. A pele, de fácil acesso, ao contrário da medula óssea, poderia ser uma fonte de células "autologamas", que vêm do próprio paciente. Elas permitiriam tratar o doente com suas células, sem recorrer à clonagem terapêutica. O recurso das células-mães adultas também evitaria problemas de rejeição e tratamentos imunossupressores, mas envolveria problemas éticos ligados à utilização de embriões humanos em pesquisas científicas. A equipe do Instituto Neurológico de Montreal, ligado à Universidade Mc Gill, dirigida por Freda Miller, isolou as células mães na derme de ratos adultos e, em menor medida, na pele do couro cabeludo humano.

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