Chuvas matam no Sul e tumultuam no Sudeste

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Publicado Segunda, 01 de Outubro de 2001 às 19:31, por: CdB

As chuvas que atingem a região Sul do país desde sábado causaram quatro mortes e deixaram pelo menos 1.120 pessoas desabrigadas. Em São Paulo, a manhã desta terça-feira foi tumultuada, com pontos alagados na Marginal do Tietê, que causaram engarrafamentos de mais de 100 quilômetros. Em Santa Catarina, onde a situação é mais grave, dois municípios decretaram calamidade pública e 28 estão em estado de emergência nos três Estados: Rio Grande do Sul e Paraná incluídos. Segundo a Defesa Civil de Santa Catarina, quatro pessoas morreram nesta segunda-feira e 700 estão desabrigadas no Estado. Dezenas de municípios estariam isolados por causa da interdição de estradas com o deslizamentos de terra. Nova Trento e Rio do Sul decretaram estado de calamidade pública 15 estão em estado de emergência. Andréa Mota de Veneras, 28, morreu em conseqüência do desabamento de uma das paredes da garagem da casa onde morava, provocado pelo deslizamento de uma encosta, no município de São José. Em Rio do Sul, um desmoronamento empurrou para a rodovia SC-302 uma casa, o que provocou a morte de Dina Rollink da Silva, 24, e deixou outros dois feridos. O deslizamento levou também à interdição da rodovia em dois pontos. Em Brusque, Sílvio Machado, 28, morreu soterrado em sua casa destruída por um desmoronamento. Em Campo Erê, Adelir de Pinto Mendes, 40, morreu eletrocutado após o rompimento da rede elétrica. As chuvas também provocaram danos, até hoje não estimados, nas lavouras de milho, feijão e trigo. Das 9h de domingo até as 9h desta segunda-feira choveu quase o equivalente ao que é registrado em todo o mês de setembro no Estado. Segundo dados do Climerh (Centro Integrado de Meteorologia e Recursos Hídricos de Santa Catarina), a média foi 132,5mm. Em setembro, costuma chover em torno de 149,3mm. No Rio Grande do Sul nove municípios decretaram emergência e 17 estradas gaúchas haviam sido bloqueadas. Mais de 1.200 mil casas foram atingidas em Soledade. Em Tio Hugo, cem casas foram danificadas pelo granizo. Em Getúlio Vargas, 50 residências foram atingidas e 20 pessoas ficaram desabrigadas. Em Tapera, também há desabrigados. Outros municípios também enfrentam dificuldades: famílias ficaram desabrigadas em Passo Fundo. Em Lajeado, o Rio Taquari está nove metros acima do nível normal. Algumas casas foram atingidas. O mesmo ocorre em Santa Cruz do Sul, onde riachos e córregos transbordaram. Em trecho no qual não há desvio da RS-129, a água sobre a pista impediu o trânsito. Na RS-431, a ponte sobre o Rio Taquari ficou bloqueada. Também houve bloqueios na RS-324, RS-110, RS-153, RS-400 e na RS-470, entre outras rodovias gaúchas, com o comprometimento do escoamento. No Paraná, cerca de 1.800 mil imóveis foram danificados e pelo menos 400 pessoas ficaram desabrigadas. De acordo com a Defesa Civil, o tipo de estrago mais comum foram telhados danificados por ventos fortes ou chuva de granizo. As regiões mais afetadas são o oeste e o sudoeste do Paraná. Até o momento, não havia informações sobre pessoas desaparecidas. O coordenador da Defesa Civil no Estado, coronel Luiz Antônio Borges Vieira, informou que a corporação ficará em estado de alerta para eventuais ações conjuntas com os municípios. Dos 14 municípios mais prejudicados, quatro decretaram situação de emergência: Ramilândia, Matelândia, Céu Azul e Bela Vista da Caroba. Segundo levantamento da Defesa Civil, nestes municípios o número de casas danificadas pelo temporal é de mais de 1.460. O governador Jaime Lerner (PFL) anunciou que vai enviar a partir de amanhã ajuda às famílias de desabrigados. Segundo ele, serão enviados telhas e lonas para os municípios atingidos pelas chuvas. Em São Paulo a chuva tumultua o dia do paulistano O motorista encontrou uma situação caótica em boa parte da Marginal do Tietê, principal ligação entre as zonas leste e oeste da capital paulista. O nível do Rio Tietê está muito alto em vários pontos, segundo o Centro de Gerenciament

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