China reprime terrorismo condenando mais de 50 à morte

Arquivado em:
Publicado Segunda, 13 de Setembro de 2004 às 06:58, por: CdB

A China condenou mais de 50 pessoas à morte na região de Xinjiang neste ano, em meio ao que o governo chama de uma luta contra separatistas apoiados por forças estrangeiras. O líder do Partido Comunista dessa região predominantemente muçulmana, Wang Lequan, disse na segunda-feira que, apesar das medidas duras, a China verificava um avanço das forças "terroristas" internacionais ali e prometia continuar com suas operações.

- Devido ao fato de as forças terroristas internacionais estarem ativas, acreditamos que nossa luta contra os crimes dos violentos terroristas continuará por muito tempo ainda -  afirmou Wang a repórteres que visitaram a região.

Muitos grupos de defesa de direitos humanos criticam a China por usar a desculpa da "guerra contra o terror", lançada pelos EUA depois dos ataques de 11 de setembro de 2001, para reprimir os uigures de Xinjiang, que falam turco e lutam por uma maior autonomia para a região.

O governo investiu contra 22 grupos envolvidos em atividades pró-separatistas e proferiu as 50 sentenças de morte nos primeiros oito meses deste ano, afirmou Wang.  Mas nenhum dos condenados foi ainda executado, acrescentou o líder do Partido Comunista na região.
Alguns uigures defendem realmente a independência de Xinjiang, antes chamada Turquestão Oriental. Nos anos 90, eles foram responsabilizados por vários atentados e assassinatos ocorridos na China.

Desde o começo daquela década, no entanto, a China intensificou seus esforços, com a cooperação de governos vizinhos, para sufocar tais grupos separatistas. O governo chinês afirma que os grupos separatistas de Xinjiang possuem laços com o Taliban e com a rede Al Qaeda.

O grupo Anistia Internacional disse em julho que a China tinha detido milhares de muçulmanos sem tê-los julgado apropriadamente e que os havia condenado a penas de prisão em campos de trabalho forçado, tudo em nome da "guerra contra o terror."

Tags:
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo