China admite 302 novos casos e 14 vítimas da pneumonia atípica

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Publicado Domingo, 20 de Abril de 2003 às 06:14, por: CdB

O Ministério da Saúde da China anunciou este domingo, numa entrevista coletiva extraordinária, 302 novos casos e 14 mortes causadas pela Síndrome Respiratória Aguda Severa (Sars, em inglês) em Pequim, o que eleva o número total de pessoas contaminadas pela doença para 339 e o de vítimas fatais para 18 em todo o país. O vice-ministro da Saúde, Gao Qiangan, disse ainda que, na capital chinesa, existem outros 402 possíveis casos de Sars que estão sob observação em diversos hospitais da cidade. "Se este número se confirmar, o total de infectados em Pequim chegará a 741", afirmou Gao, divulgando novos dados que se afastam, pela primeira vez, dos 37 doentes e quatro mortos oficialmente admitidos até agora. Estas declarações são as primeiras feitas pelo Governo chinês, reconhecendo que, em Pequim, existe um problema "grave" de Sars, o que significa um fato sem precedentes desde que a epidemia começou a se espalhar do Cantão, em 14 de novembro passado, para o restante do país. Entre os 339 infectados, cinco são estrangeiros residentes na capital chinesa, enquanto que outros quatro permanecem em observação, aumentando a preocupação dos mais de 50 mil estrangeiros que moram em Pequim. Num tom preocupante pela primeira vez em uma entrevista coletiva sobre a Sars, o secretário de Estado Gao anunciou que a doença se estendeu por todo o território da China, à exceção das províncias mais remotas do Tibet e Xinjiang. Deste modo, aos 339 casos e 18 mortes de Pequim e 1.304 contagiados e 45 falecidos de Cantão - as duas zonas mais afetadas da China -, é preciso acrescentar os 108 de Shanxi, com sete mortes; os 25 do interior da Mongólia, com 4 vítimas fatais e os 12 de Guangxi, com três mortos. As províncias menos atingidas são Henan, com dois casos; Ningxia, com um doente; Fujian, com três contagiados; Sichuan, com cinco e um morto; Hunan, com seis e um falecido e Xangai, com apenas dois doentes. Gao declarou ainda que "se deve informar sobre a epidemia com total transparência e quem infringir este requisito será perseguido pela lei". "Aquelas autoridades que ocultarem informação sobre a Sars serão severamente castigadas", frisou Gao, acrescentando que, "por isso, não se permitirá nenhum atraso, encobrimento ou perda da mesma". As autoridades chinesas se comprometeram a publicar informações diárias sobre a Síndrome Respiratória Aguda Severa a partir de 21 de abril. Até o momento, isso vinha sendo feito a cada cinco dias.

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