Por marcolinojoe 01/06/2011 às 18:34
Passam das 50 horas a ocupação do gabinete da reitoria da Universidade Federal de Sergipe por estudantes de diversos cursos. O protesto começou com os acadêmicos de Comunicação Social, porém a causa é inerente à maioria das graduações ofertadas na Universidade. Hoje, os futuros comunicólogos inovaram namobilização.
Mais de 50 horas de ocupação da reitoria. Estudantes de Educação Física, Direito, Ciência Sociais, Fisioterapia, História e Comunicação Social se revezam entre comissões para garantir o funcionamento do ato assim como garantir que a ocupação seja vitoriosa.
A todo instante chegam moções de apoio de entidades ligadas ou não à educação demonstrando que a causa é justa assim como o método utilizado. Os estudantes afirmam que preferiam não ter ocupado, porém foi necessário em virtude da completa falta de sensibilidade do reitor Josué Modesto que afirmou, durante reunião com os estudantes, que "o curso de comunicação é muito azarado".
A ideia tem que se espalhar pelo vento
Paralelo ao trabalho interno de limpeza, organização e produção de conteúdo os estudantes estão tentando mobilizar a Universidade como um todo haja vista que o problema não é privilégio da Comunicação. Por isso trouxeram cerca de 200 apitos para serem distribuídos entre os estidantes. A ideia é que a cada 30 minutos - onde estiverem - os estudantes de comunicação apitem por cerca de 1 minuto. Depois devem comunicar às pessoas ao redor que o ato é em apoio aos estudantes ocupados.
Muitos estudantes e professores aderiram à nova campanha e apitaram com gosto. Enquanto redijo esse texto os jovens esvaziam os pulmões apitando sem parar, pois são 18h30.
O caminho é longo, mas estamos calçados
Hoje foi criada uma comissão para que, junto com o Sindicato dos Radialistas e Jornalistas, possam entrar com uma ação junto ao Ministério Público Federal a fim de que o mesmo se posicione e ajude a resolver o impasse. Não se percebe na ocupação nenhum abatimento ou frustração, muito pelo contrário. As moções de apoio, as visitas de professores e estudantes de diversos cursos mantém acesa a chama da revolta e da indignação com uma administração que não apresenta nenhuma vontade política de resolver os problemas de centenas de estudantes que estão, nesse momeno, com suas formações radicalmente ameaçadas.
Só a luta muda a vida!
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