O chefe do Departamento de Polícia da capital, Ronaldo Oliveira, comentou na manhã desta sexta-feira o caso do policial Uerner Leonardo, que manteve um chefe de investigação refém por aproximadamente cinco horas no interior da 39ª DP (Pavuna), nesta quinta-feira. Segundo o chefe de polícia, que participou das negociações, Uerner não voltará a atuar em contato com o público. A corporação irá decidir se o policial será aposentado ou passará a atuar em uma função administrativa, após avaliação psicológica.
O secretário estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, reafirmou a decisão. "A gente lamenta, é uma pessoa que foi acometida de um mal e tem que se tratar. Ele não tem condições de atender o público. Todos nós, de certa forma, estamos sujeitos a ser acometidos de um mal súbito. Ele deve ter seus problemas de ordem pessoal, enfim, é um diagnóstico que os médicos e psiquiatras que vão ter de fazer. Atrás de um balcão ou atendendo a população, ele não tem condições de trabalhar", afirmou.
Uerner Leonardo foi internado e está sedado, recebendo tratamento psiquiátrico de um especialista da Coordenadoria de Recursos Especias (Core). Ronaldo Oliveira classificou o ocorrido como um surto psicótico. "O psiquiatra afirmou que ele teve um surto psicótico, algo que poderia acontecer com qualquer pessoa. Conheço esse policial e já trabalhei com ele, pode acontecer com qualquer um", comentou disse o chefe do Departamento de Polícia da capital.
Os policiais participaram, na manhã desta sexta, da cerimônia de premiação de 500 agentes civis e militares no Teatro João Caetano, no Centro. O governador Sérgio Cabral, que passou mal ontem , também esteve no evento e elogiou a conduta dos envolvidos na confusão da 39ª DP.