Chávez se defende em entrevista na CNN

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Publicado Sexta, 25 de Setembro de 2009 às 08:09, por: CdB

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, reiterou seu desejo de melhorar suas relações com os Estados Unidos, e pediu ao presidente Barack Obama que deixe Cuba em paz. Em entrevista ao apresentador Larry King, transmitida ao vivo pela CNN na noite de quinta-feira, Chávez disse que nem nos piores momentos da sua relação com o ex- presidente George W. Bush ele cogitou cortar o fornecimento de petróleo aos EUA, e que muito menos o faria no governo de Obama.

Mas ele criticou a secretária de Estado Hillary Clinton por afirmar que as compras de armas da Venezuela podem fomentar uma corrida armamentista na América Latina.

– A secretária de Estado está totalmente perdida no mapa – disse o presidente.

Chávez argumentou que a Venezuela teve de recorrer a fontes alternativas para se defender, já que os EUA se negam a vender peças de reposição para equipamentos militares, como os caças F-16 fornecidos por Washington há três décadas, e hoje incapazes de voar.

Chávez disse que o orçamento militar da vizinha Colômbia é dez vezes superior ao da Venezuela, e criticou Obama pela decisão norte-americana de instalar tropas em sete bases militares colombianas.

O presidente venezuelano negou ainda que o Irã tenha planos de transferir tecnologia nuclear para a Venezuela.

– Essa é a nova acusação, uma razão para atacar a Venezuela – afirmou.

– Firmamos um mecanismo com a Rússia para desenvolver a energia nuclear na Venezuela, isso não é a bomba – completou.

Ele reiterou ainda sua opinião de que Israel é um país que pratica o genocídio contra os palestinos. King argumentou que Israel é um país pequeno, rodeado de inimigos, ao que Chávez respondeu: "Um país pequeno com uma bomba atômica".

Chávez afirmou ainda que Cuba já tem um caminho traçado e continuará construindo o socialismo depois da morte de Fidel Castro.

– Deixem-nos (os cubanos) em paz. Obama tem de pôr fim ao embargo (contra Cuba), como todos lhe pedimos. É um absurdo bloquear um país, é coisa do século 16. Temos de aprender a conviver neste mundo apesar das nossas diferenças – disse.

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