O libanês Muhamad Hassan Atwi e o brasileiro Paulo Cezar Caramori, presos pela Polícia Federal na noite de ontem, em Foz do Iguaçu, acusados de operar uma central telefônica clandestina na cidade, podem trabalhar para a rede mundial de transferência de dinheiro, conhecida como "hawala", a palavra árabe para "confiança". Foi a décima central clandestina descoberta nos últimos dois meses no Paraná. Agentes federais, cumprindo mandado de busca e apreensão expedido pela 3ª Vara Criminal Federal de Foz, prenderam o brasileiro Caramori em um apartamento no centro de Foz. Caramori indicou os libaneses Muhamad Hassan Atwi e Armando Nader como responsáveis pela central clandestina. Atwi foi preso em seu apartamento, também no centro de Foz e Nader está em viagem para o Líbano. A reportagem não conseguiu falar com os acusados. O diretor da divisão da PF em Foz do Iguaçu, delegado Joaquim Mesquita, disse ontem que irá enviar cópias das ligações telefônicas para o Oriente Médio e Ásia para a Interpol, na expectativa de localizar possíveis conexões entre a central e supostas operações de extremistas. Mesquita disse que os presos foram enquadrados em crime federal por infringir a Lei das Telecomunicações. A Polícia Federal investiga também a conexão entre a central descoberta em Foz com as outras nove encontradas no Estado nos últimos dois meses.
Rio de Janeiro, Quinta, 28 de Março de 2024
Central telefônica descoberta no Paraná pode integrar a 'hawala'
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Publicado Sexta, 19 de Outubro de 2001 às 17:11, por: CdB
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