Por Redação - de Brasília
Às vésperas da decisão quanto a tornar réu no Supremo Tribunal Federal (STF) o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no processo do qual é relator o ministro Teori Zavascki, parlamentares ouvidos pela reportagem do Correio do Brasil já avaliam a possibilidade da cassação do mandato, por quebra de decoro parlamentar. Em Plenário, o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), ofereceu uma oportunidade para que Cunha se explique, perante a sociedade brasileira, quanto à existência, ou não, de contas secretas na Suíça.
O Ministério Público da Suíça relata na documentação contas bancárias supostamente em nome de Cunha e familiares. As investigações começaram em abril na Suíça e os valores já estão bloqueados. Perguntado por jornalistas, posteriormente, se mantém conta no exterior, Cunha novamente se calou:
— O meu porta-voz será sempre meu advogado. Não há o que falar. Não falarei. não vou ficar todo dia comentando. Amanhã, vai surgir outro. Tenho que cumprir a orientação dele de não falar — afirmou.
Embora tenha preferido responder se tem ou não contas na Suíça, Cunha negou, no depoimento na CPI da Petrobras em março deste ano, que tivesse recursos depositados naquele país ou em algum paraíso fiscal.
— Com a eventual comprovação de que o presidente da Câmara mentiu na CPI, fica configurada a quebra de decoro parlamentar, que deve ser punida com a cassação — afirmou o parlamentar.
Nas redes sociais, entre os ítens mais replicados estão as notas de colunistas e blogueiros quanto ao isolamento em que se encontra o presidente da Câmara. Cunha teria perdido prestígio no meio político e suas despesas com advogados tendem a se multiplicar nos próximos meses.