Casal protagoniza história de amor e de vida no Convento da Penha

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Publicado Sábado, 07 de Abril de 2012 às 02:37, por: CdB

Antônio e Catharina Zampiere protagonizaram uma história de amor e de vida no Convento da Penha, tradicional cartão postal capixaba. Casaram-se no monumento dedicado a Nossa Senhora da Penha no dia 06 de maio de 1943 e anos depois, em julho de 1947, mudaram-se para o Convento da Penha e ali viveram por 40 anos criando a família em meio a muito trabalho, fé e muitas histórias curiosas. Foi Antônio quem plantou as duas palmeiras que hoje seguram o tradicional crucifixo que é preso sob as duas árvores na época da Festa da Penha. Antônio faleceu há oito anos deixando, através de sua família, muita saudade em fotos antigas que demostravam todo seu amor pelo trabalho que desenvolvia no lugar e, sem dúvida, hoje ele faz parte de mais uma, entre tantas belas histórias, que giram ao redor do convento.

Nas vésperas de mais uma edição da Festa da Penha, terceira maior festa religiosa do país; perdendo somente para a festa que homenageia a padroeira do Brasil, em Aparecida, São Paulo;  e a do Círio de Nazaré, em Belém, no Pará, o monumento tem muitas belas histórias que ao longo dos anos estão sendo resgatadas. A história de Antônio e Catharina é uma delas. Em 40 anos de serviço no convento, o casal criou seus oito filhos.

Muito amor

Dar corda no relógio, bater o sino, montar o altar da igreja, ser sacristão, camareiro, carpinteiro, pedreiro, zelador, entre outras funções. Antônio fazia tudo que lhe era designado pelos responsáveis pela manutenção do convento. E com muito amor. O casal veio de Santa Leopoldina e Antônio tinha ajuda da mulher Catharina, hoje com 90 anos,  e de seus oito filhos na realização dos trabalhos. Assim, durante quatro décadas a família vivenciou histórias, além de acompanharem às mudanças no monumento.

Catharina trabalhou no bar existente no lugar, que na época era arrendado por seu irmão Eugênio Zamborlini, e lavava toda a roupa usada nas funções da igreja e também pelos padres. Com a ajuda dos filhos pequenos, por anos, montaram o altar da Festa da Penha e também assistiram a reforma realizada na lateral do altar principal (em 1959). Todos vivenciaram inúmeros momentos de fé e de devoção, viviam em contato com a natureza e os filhos do casal subiam e desciam todos os dias a ladeira do convento para irem à escola.

Vida intensa

Ao lado das filhas Rita e Conceição, Catharina, que hoje mora em um apartamento em Itapoã, lembra com saudades dos anos em que viveu junto com a família no Convento da Penha. “Não tínhamos televisão, carro, mas éramos felizes. Tivemos uma vida intensa”, relembrou Dona Catharina.

Ter fé

Rita lembra com carinho dos valores que foram passados pelos pais. “Meu pai e minha mãe trabalharam muito e sempre nos ensinando valores como a honestidade e a ter fé, sempre. Recordo tanta coisa boa, dos animais, das festas religiosas e de quando ajudávamos nosso pai a montar os altares da igreja”, revelou Rita, que nasceu no convento e só foi embora do lugar aos 26 anos, depois de se casar.

“Eu e minha irmã trabalhávamos nos batizados e nas intenções das missas”, contou Conceição, que até hoje mantém contato com o pessoal que atualmente vive no convento. Esse ano ela vai dar suporte às missas realizadas na Prainha.

As irmãs contam que mesmo morando no alto do Morro da Penha, viviam perfeitamente suas vidas, descendo todos os dias para encontrarem amigos e namorados.

 

 

 

 

 

 

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