O mais importante comandante militar do Hezbollah, Imad Moughniyah, foi morto em Damasco após a explosão de um carro-bomba, disse o grupo libanês ao anunciar a morte do homem que estaria por trás de uma série de sequestros de ocidentais no Líbano nos anos 1980. O Hezbollah, que conta com apoio da Síria e do Irã, acusou Israel de matar Moughniyah.
– Depois de uma vida repleta de jihads (guerras santas), sacrifícios e feitos...Imad Moughniyah...morreu como mártir nas mãos dos sionistas israelenses – afirmou o porta-voz do grupo. O Hezbollah lutou uma guerra de 34 dias contra Israel em 2006.
A Jihad Islâmica, grupo pró-Irã que se acredita ser ligado ao Hezbollah, sequestrou vários ocidentais em Beirute em meados dos anos 1980 e teria sido comandando nesta época por Moughniyah. Alguns dos sequestrados foram mortos e outros trocados por armas dos Estados Unidos para o Irã, no que veio depois a ser conhecido como o escândalo Irã-Contra. Alguns relatos apontam que Moughniyah seria responsável pelas operações do Hezbollah no exterior e chegam a ligá-lo a ataques contra alvos israelenses na América Latina nos anos 1990.