Cameron pede renúncia de líder da oposição trabalhista do Reino Unido

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Publicado Quarta, 29 de Junho de 2016 às 08:51, por: CdB

Os comentários anormalmente duros de Cameron ilustraram a pressão que Corbyn sofre para renunciar na esteira do referendo que provocou a desfiliação britânica da UE

Por Redação, com Reuters - de Londres:

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, que prometeu renunciar depois que o Reino Unido se desfiliou da União Europeia, deu um conselho a seu adversário e líder do Partido Trabalhista, de oposição, nesta quarta-feira: "Por Deus, homem, vá embora!".

A maioria esmagadora dos parlamentares trabalhistas aprovou uma moção de desconfiança contra o líder Jeremy Corbyn na terça-feira, e quase todos os veteranos de sua equipe política retiraram seu apoio para protestar contra sua liderança.

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Premiê britânico, David Cameron, deixando endereço oficial de Downing Street, em Londres

Corbyn, no entanto, vem se recusando a sair.

Falando no Parlamento, Cameron disse que não é do interesse do país que Corbyn continue na função.

– Por Deus, homem, vá embora – afirmou o premiê, sendo saudado por trabalhistas e por membros do seu Partido Conservador. "Pode ser do interesse do meu partido que ele fique ali, (mas) não é do interesse nacional".

Os comentários anormalmente duros de Cameron ilustraram a pressão que Corbyn sofre para renunciar na esteira do referendo que provocou a desfiliação britânica da UE. Ele é acusado por seus críticos de não ter feito o suficiente para persuadir os eleitores a votar pelo "fica" durante a campanha.

Dificuldades econômicas

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, alertou nesta quarta-feira que o Reino Unido enfrentará momentos econômicos complicados depois que decidiu deixar a União Europeia, mas disse que o governo não abandonará suas regras de limites para os gastos públicos.

– Não há dúvida, na minha cabeça, de que esses serão tempos economicamente difíceis – disse Cameron ao Parlamento.

– Se nós virmos dificuldades econômicas, um dos caminhos que temos para reagir a isso é garantir que nossas finanças públicas e a economia permaneçam fortes... então não acho que seria certo suspender as regras fiscais –  acrescentou, rejeitando um pedido do líder de oposição, Jeremy Corbyn, por mais investimentos.

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